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Caminhada histórica

por Puntarenas

Caminhada histórica por Puntarenas

As zonas próximas ao porto de Puntarenas possuem uma relevância histórica já que, durante o processo de conquista (1502-563) como peça chave na chegada dos conquistadores e a fundação dos primeiros povoados. Gil González Dávila em 1522 visitou o assentamento indígena de Chomes; Francisco Fernández de Córdoba em 1524 fundou a Vila de Bruxelas na zona de Orotina e Juan de Caballón em 1561 estabeleceu o Porto de Landecho na enseada de Tivives.

Puntarenas não é mencionada como porto senão até a segunda metade do século XVIII, ao ser completado o recheio daAngosturaque uniu a franja à terra firme, absorvendo o comércio do Golfo de Nicoya e deslocando os antigos portos de Landecho, Caldero, Barranca e o Palmar.

Sem reconhecimento oficial foi porto menor e até o ano de 1772 foi empregado para comércio e embarque no Pacífico. Em 1797 já contava com alfândega.

Em 1812 nosso representante nas Cortes de Cádiz (Espanha), Pbro. Florêncio do Castillo conseguiu –entre outras distinções - a habilitação do Porto de Puntarenas como Porto Maior para o comércio da província, conforme ordem real de 29 de abril de 1814.

A Independência de 1821 e o auge do desenvolvimento cafeeiro a partir de 1830 ajudaram a consolidar a Puntarenas como o porto mais importante da emergente República já que por essa via se exportava o “grão de ouro” com destino a Chile e a Grã-Bretanha.

A rota do Pacífico permitiu ao pequeno povoado de Puntarenas fortalecer o processo de povoamento. Foi tal sua relevância que, em 1840 se decidiu transladar as funções do porto de Caldeira a Puntarenas.

Em 1840 Bráulio Carrillo estimulou o processo de povoamento do porto e em 1845 foi autorizada a construção de uma capela em madeira dedicada a Santo Antônio de Pádua. O novo bairro foi fortalecido com a instalação de algumas casas de comércio de estrangeiros e nacionais.

Nos fins do século XIX um dos visitantes estrangeiros, Robert Glasgow Dunlop, expressou que “o porto de Puntarenas só era acessível para embarcações que não tivessem mais de 7 pés. Não há dique, nem cais, é o único porto de alguma consideração e seu comércio vai aumentando consideravelmente”. Wilhelm Marr assinalou “que no porto as melhores casas são de madeira de cedro e algumas são de dois andares. Algumas pintadas de diversas cores e seu aspecto é limpo e decente, com muitas lojas, tavernas e pousadas”. Ou seja que, para a época, contava com um desenvolvimento comercial e urbano que o converteram no porto mais relevante da costa pacífica do nosso país.

Em 1852 o Governo de Juan Rafael Mora Porras dispôs que fosse construído um hospital com o nome San Rafael. O título da cidade foi concedido em 17 de Setembro de 1858, pelo aumento de sua população e da atividade comercial.

O comércio foi concentrado na rua principal, estendida ao longo do estuário (hoje Avenida do Comércio), com grande movimento de carroças do centro do país até o porto, comércio por cabotagem. Do centro traziam café e outros produtos próprios da zona e de Puntarenas como sal e arroz chinês importado. A grande atividade exigiu a construção de um farol “para evitar problemas aos navios”.

Porém, em 1863 Puntarenas ainda precisava de cais para o ancoramento dos barcos, bem como para o transporte e armazenamento das mercadorias; de barco a porto era feito por meio de botes ou lanchas, durante a maré baixa. Em 1872 a população de Puntarenas cresceu e foi construído um cais de ferro, contratado ao empresário Adolfo Knöhr (considerado como o início de desenvolvimento urbanístico da cidade de Puntarenas).

Nos fins do século XIX o comércio incluía despacho de mercadorias, embarque e desembarque, armazéns, serralharias, bilhares, casa de comissões e empréstimos, carroças, bares, casa de ferragens, tabernas, fábricas de vela, sabão e refrigerantes; hotéis, joalharias, mercearias, padarias, perfumarias, lojas, casas de vinhos.

Em 1904 foi instalado o serviço elétrico, em 1907 foi licitada a construção dos edifícios do mercado e do matadouro. Em 1913 foi inaugurado o serviço de capeamento da cidade.

  • EXCURSÃO I

    1- Tanques do Aqueduto El Cocal e Bairro El Carmen

    El Cocal. Avenida 1 Rua 15.

    Durante o governo de León Cortés Castro (1936-1 940) foi instalado um aqueduto que trouxe água desde uma nascente perto da Serra San Miguel e funcionou até que entrou em atividade o aqueduto de Santo Antônio de Belém. Durante um tempo se desempenhou como manto aquífero adicional para o abastecimento de água, proveniente da fazenda O Socorro onde hoje funciona o Colégio deEl Roblee a Prefeitura conserva um viveiro. Durante a administração de José Figueres Ferrer (1970-1974) foram feitas uma série de melhoras ao aqueduto. Avaliados porAquedutos e Alcantarilhados, foram construídos dois grandes tanques em Cocal e quatro mais entre o bairro deEl Carmene o centro da cidade. Todos são em concreto armado e de forma cilíndrica, com 25 metros de altura.

    2- Parque Marinho do Pacífico

    Avenida 4 Rua 10

    O parque foi inaugurado no ano 2002 como um projeto sócio ambiental, que busca colaborar com o melhoramento humano e ambiental da zona costeira. Por isso sua missão é promover, apoiar e difundir a investigação, a educação e o uso sustentável da biodiversidade marinha. Além disso, funciona como um centro recreativo. Ocupa os terrenos onde antigamente estiveram os pátios e a estação da ferroviária ao Pacífico. Está subordinado ao Ministério de Ambiente e Energia. No parque são exibidos ao ar livre: répteis, caimões, tartarugas terrestres e crocodilos. Possui vinte e dois aquários, com umas 30 espécies nativas do Golfo de Nicoya. Para o ano 2010 está prevista a abertura de um aquário, com capacidade para mais de um milhão de litros de água marinha. Possui uma visitação anual de 500,000 pessoas.

    3- Monumento aoMuellero (Estivador)

    Avenida 4, Rua 0.

    O monumento aomuelleroestá dedicado a essas pessoas anônimas, que dia a dia põem seu melhor esforço para impulsionar o desenvolvimento do porto e permitem que as mercadorias que chegam ou saem do país o façam na forma mais eficiente possível. O monumento lembra todos áqueles que desempenham trabalhos manuais e que com seu suor e cansaço levantaram edifícios, pontes e instituições, que desde o século XVIII carregam nos seus ombros a produção nacional. O monumento é de bronze de 1.72 metros, obra de um escultor de sobrenome Brenes.

    4- Cais

    Avenida 4 Rua 0.

    A região deu-se a conhecer como Porto de Areias, utilizado para o comércio. Por ordem da Real Coroa espanhola, em 29 de abril de 1814 foi habilitada oficialmente como Porto Maior para o comércio da província e em 1864 se converteu no principal porto do Pacifico, oito anos depois (1872) no governo de Tomás Guardia (1870-1882) foi construído um cais de ferro.

    O governo de Ricardo Jiménez Oreamuno (1924-1928) instalou um cais maior, para facilitar o trabalho de carga e descarga dos barcos, que foi inaugurado em 1929, na administração de José Maria Figueres Olsen (1994-1998) e construído o cais atual, doado pelo Governo de Taiwán, com um custo de $15.000.000. Foi inaugurado em 1998 e, entre outubro e maio, recebe cruzeiros com milhares de turistas. Possui uma coberta de piso de concreto, com bases e varandas metálicas. Recebe a muitos turistas nacionais e estrangeiros, para descansar ou para praticar pesca artesanal (corvina, robalo, bonito,frijolilloe palometas).

    5- Capitania de Porto

    Avenida 4 Calle 0.

    A antiga Capitania dos Portos foi construída em concreto armado a princípios da década de 1930 como escritório de inspeção e controle das embarcações que ancoravam ao cais. No térreo se alojavam os escritórios e na segunda, a casa de habitação do capitão do porto.

    O imóvel apresenta um desenho simétrico, com um corredor e balcão perimetrais com varandas pré-fabricadas, os pisos têm uma decoração geométrica e floral. Uma estrutura de metal suporta a coberta de lâminas de ferro galvanizado e sobre ela, há um farol. Em abril de 2008 o Instituto Costa-riquenho de Turismo a reinaugurou como um centro de serviços turísticos no marco do projeto “Puntarenas para sempre”. Declarado patrimônio histórico arquitetônico em 25 de outubro de 1994.

    6- Universidade Técnica Nacional

    Avenida 4 Rua 1.

    A antiga Aduana Principal do sul, cujo edifício-almoxarifado foi construído em 1938 em concreto armado com estrutura de metal e coberta de ferro galvanizado pelo Arq. José Ma. Barrantes Monge, com influência Art. Déco e Art Nouveau (murais em relevo, elementos decorativos, uma formosa escada em caracol e motivos vegetais).

    A administração de José Figueres Ferrer (1970-1974) habilitou o porto de Caldera e houve um abandono das atividades portuárias em Puntarenas, ficando o almoxarifado abandonado.

    Durante o governo de Rodrigo Carazo Odio (1978-1982) foi criado o Colégio Universitário de Puntarenas (CUP) utilizando como sede o antigo almoxarifado, com carreiras dirigidas para o desenvolvimento industrial e turístico, para os recursos agropecuários e do mar. No ano 1998, com o propósito de unir a educação técnica tradicional e a educação universitária, foram fusionadas seis instituições de educação técnica superior e o Colégio Universitário de Puntarenas, passa a formar a atual Universidade Técnica Nacional.

    7- Os Murais

    O projeto foi uma iniciativa do Instituto Costa-riquenho de Turismo e do Instituto Costa-riquenho de Portos do Pacífico e desenvolvido pela Associação de Muralistas Costa-riquenhos, liderado pelo artista Jean Sagot. O projeto consiste em três grandes murais que mostram desenhos diferentes, mas mantêm uma unidade temática: “O resgate do legado histórico e arquitetônico, a biodiversidade e o potencial turístico da província de Puntarenas”.

    A- O primeiro dos murais já se vê com todo seu esplendor na parede norte da praça do Pacífico, em frente ao cais de Cruzeiros: “Aquele verão”, utiliza texturas orgânicas –vegetais e minerais– para entrelaçar as imagens de um surfista que desafia uma onda, um colorido tucano e o legendário cais de Puntarenas.

    B- o segundo mural: “Puntarenas: um mundo”, a obra representa um grande mapa mundo em meio do qual sobressai uma língua de terra que simboliza Puntarenas. Os diferentes tons de marrom, bege e amarelo remetem a um mapa antigo. Localizado ao lado do edifício da Universidade Técnica Nacional.

    C- A parede sul do edifício da Clínica San Rafael, é o espaço que abriga o terceiro mural: Caracóis, gaivotas e tartarugas marinhas, a imagem da Catedral de Puntarenas, sombrinhas de praia e um apetitosoChurchill (raspadinha)se misturam em esta obra.

    8- Clínica San Rafael

    Avenida 4 Rua 9.

    Diante da petição dos habitantes de Puntarenas, o Presidente da República Juan Rafael Mora, aceitou levantar um santuário. Sob a responsabilidade do governador da Comarca, José Maria Canas, foi batizada de San Rafael; seria o primeiro hospital da província e o segundo do país. A obra física consistia de três pavilhões construídos em tijolo, madeira, cimento armado e cal e foram adicionados dois pavilhões mais, no princípio do século XX. Possui amplas zonas verdes e corredores perimetrais. Em 1940 a Junta de Proteção Social depois passou o hospital a uma ordem religiosa e hoje em dia pertence à Caixa Costa-riquenha de Seguro Social, que a converteu em Clínica.

    9- Monumento a Manuel Burgos

    Situado na Avenida quatro, Rua nove.

    Reconhecido como benfeitor puntarenense de princípios do século XX, Burgos doou os terrenos para construir o Hospital San Rafael e desenvolveu um intenso trabalho benéfico e de progresso. Em 1911 ocupou a presidência da Junta de Caridade. Possui um busto em bronze nos jardins, que mede 60 cm de altura e foi fundido nas Oficinas de Obras Públicas por Antônio Castiglioni.

    10- Passeio dos Turistas

    A início de 1960, Eduardo Angulo Obando se propôs a impulsionar um projeto para criar o “Passeio dos Turistas”, ao longo da Avenida 4 que corre paralela à praia. O trajeto mais visitado e em melhores condições era conhecido como Passeio Cortés, daí até a ponta, o caminho era de terra. Depois de consolidado o passeio (1960 e 1970), o porto se converteu no lugar mais popular para os veranistas de todo o país.

    Graças ao projeto “Puntarenas para sempre” foi melhorando substancialmente o passeio, com novos postes de luz, com mais áreas verdes, construção de duchas públicas, reconstrução das calçadas e instalação de bancas para sentar-se. Como parte do Simpósio Internacional de Escultura em pedra, realizado em Abril de 2006 e sob o tema “A Magia do Oceano” foram instaladas 19 esculturas em pedra calcária de 2 metros de altura, elaboradas por artistas nacionais ou provenientes dos Estados Unidos, Inglaterra, Itália, Cuba e Argentina.

    11- Os Paredões (Quebra-ondas)

    Em 1948, começaram a construir-se com a finalidade de deter a lavagem da praia ocasionada pelas fortes marés. Porém com o passar dos anos e com as fortes marés que tem na zona, sua reparação foi uma prioridade. O projeto nasceu em 2009 com o propósito de embelecer Puntarenas e dotá-la de quebra-ondas que evitaram a erosão marinha do setor conhecido como “La Punta”.

    Em 26 de novembro de 2010, autoridades do Instituto Costa-riquenho de Turismo (IT) e o Instituto Costa-riquenho de Portos do Pacífico (INCOP), inauguraram o projeto, que mais que suprir a necessidade, buscaram embelezar as áreas públicas e pôr um serviço à disposição dos turistas.

    Além do projeto estar composto por um vestíbulo de entrada aos paredões, um campo de basquete e outra de voleibol de praia, um espaço para jogos infantis e praças múlti uso, áreas de encontro e de estar com assentos para os visitantes.

    12- Balneário Municipal

    Av. Central, Rua 37

    O imóvel foi construído durante a administração Oduber Quirós (1974-1978) em um terreno de 12.722 metros quadrados. No entanto, o lugar foi fechado no ano 2000 por estar em más condições.

    Depois de 12 anos, mas com novo conceito de serviços convertendo-os em um Clube de praia reabre suas portas oferecendo uma nova cara ao porto. O projeto conta com 2 piscinas, 3 restaurantes, 2 salões para 300 pessoas cada um e um estacionamento para 150 carros, além de um campo de voleibol e zonas verdes. Conta com uma capacidade para abrigar 1.300 visitantes e está localizado estrategicamente para ter uma maravilhosa vista do Golfo.

  • EXCURSÃO II

    1- Terminal do Ferry

    Situado em Av. 3, Rua 35

    O terminal do Ferry é um projeto que surgiu há vários anos em Puntarenas com a finalidade principal de levar a cabo o trajeto marítimo que atravessa o Golfo de Nicoya, com rotas Puntarenas – Paquera e Puntarenas – Praia Naranjo. Conectando em hora e quinze minutos aproximadamente, os pontos de desembarque marítimo, evitando traslados e extensas horas de viagem terrestre.

    O terminal de Ferry na atualidade está sendo reformado como parte do embelezamento de “La Punta” e para cobrir as necessidades básicas do terminal que permitam um uso organizado e seguro por parte dos usuários.

    2- Cais Turístico

    Av. 3, Rua 27

    Construído sob a administração de Oscar Arias (1986-1990) pelo Instituto Costa-riquenho de Turismo (IT), foi cedido à Prefeitura da Província. Atualmente é administrado sob concessão por uma empresa privada. Porém, desde o ano 2007, a Prefeitura e o IT uniram esforços para recuperá-lo e convertê-lo em um terminal onde podem pegar um tour para ir às diferentes ilhas do Golfo, principalmente IlhaTortugaeSan Lucas. Além disso, é dada a opção e é dada a opção para que Associações de desenvolvimento, Câmaras de Turismo e Instituições do Estado, possam utilizar as instalações para realizar atividades de lazer para a cidade de Puntarenas.

    O cais conta com três trens de abordagem, serviços sanitários, área de estacionamento e zonas verdes.

    3- Monumento a Rosalia Palácios.

    Situado na Avenida O, Rua 25.

    Nasceu no final do século XIX na região do Cauca, Colômbia. Emigrou para Costa Rica junto com sua família, para radicar-se no porto, sendo Puntarenas algo mais que uma aldeia com rancheiras. Sua família vivia perto do Hospital San Rafael que despertou nela o amor ao próximo e o espírito de serviço, diante da dor dos doentes. Rapidamente a figura da “Preta Chalia’ se tornou, muito conhecida no porto e muitas pessoas a procuravam em busca de conselho, para que ajudasse as parturientes, socorrendo as crianças desabrigadas e dava primeiros auxílios aos que necessitassem. Como uma homenagem a sua memória foi instalada uma escultura no local da Associação de Desenvolvimento Específico do bairro ElCarmen, elaborada em granito pelo escultor Olger Villegas, com uma altura de 2.57 metros

    4- Estádio “Lito” Pérez

    O estádio pertence à Prefeitura de Cidade de Puntarenas e é utilizado pela equipe de primeira Divisão, o Puntarenas Futebol Clube. Conta com uma capacidade para 4105 torcedores.

    O estádio deve seu nome ao ex-futebolista puntarenense Miguel Angel “Lito” Pérez Treacy, ele era um futebolista costa-riquenho, nascido na província de Puntarenas, cuja corrida esportiva se desenvolveu entre os anos 1930 e 1945. Anos depois da sua morte, em 1974, seu amigo e Prefeito Municipal Lorgio Álvarez propôs seu nome para batizar assim o estádio de Puntarenas, moção que foi aprovada, conseguindo assim que "Lito" Pérez fosse lembrado para sempre na "Pérola do Pacífico".

    Popularmente é conhecida como "La Olla Mágica" (panela mágica), uma metáfora sobre o calor que impera habitualmente ao jogar nesse campo.

    5- Parque Mora e Canas

    Avenida 1 Rua 9.

    Inaugurado em 8 de dezembro de 1918, é o maior parque da cidade e possui um espaço dedicado a honrar a memória dos heróis da Campanha Nacional de 1856-1857, Juan Rafael Mora Porras e José Maria Canas, fuzilados aí em setembro de 1860. Um enorme tanque de água durante muitos anos abasteceu o bairroEl Carmen, desenhado pelo Arq. José Maria Barrantes Monge em estilo Art Déco, é por suas dimensões e beleza arquitetônica o elemento mais importante do parque. Conta com lugar para jogos infantis, um campo múlti usos e amplos espaços abertos. Foi declarado patrimônio histórico arquitetônico em 4 de abril de 1975.

    6- Monumento a Juan Rafael Mora Porras.

    Avenida 3, Ruas 9 e 11.

    Juan Rafael Mora nasceu em 8 de fevereiro de 1814. Foi um hábil comerciante ligado à produção de café. Exerceu a Presidência da República de 1849 a 1859. Em sua gestão alcançou o reconhecimento de nossa independência por parte da Espanha, foi criada a Dioceses da Costa Rica, um grande edifício de desenvolvimento urbano da cidade de San José e o tratado de limites fronteiriços com a República da Nicarágua. Seu governo participou na Campanha Nacional de 1856- 1857, onde o povo costa-riquenho escreveu a página mais gloriosa da nossa história pela defesa da soberania nacional. Foi derrocado em 1859 e fuzilado em 30 de setembro de 1860 em Puntarenas, depois da Batalha da Angostura. O busto em sua memória foi modelado em bronze pelo escultor Juan Rafael Chacón e tem uma altura de 69 cm.

    7- Monumento a José Maria Canas

    Situado na Avenida 3, Ruas 9 e 11.

    José Maria Canas nasceu em Suchitoto, El Salvador. Desde muito jovem foi para carreira militar e formou parte do exército do General Francisco Morazán. Entrou à Costa Rica como exilado depois da derrota desse líder. Foi Governador da Comarca de Puntarenas, no Governo de Juan Rafael Mora, realizando obras de importância como a fundação do hospital e a instalação de um farol. Distinguido estrategista militar na Campanha Nacional de 1856-1857. Em 1858 foi nosso negociador para o estabelecimento dos limites fronteiriços com a República da Nicarágua. Foi derrotado em 1859 e junto a Canas foram fuzilados no ano seguinte. O busto em sua memória foi moldado em bronze pelo escultor Juan Rafael Chacón e tem uma altura de 69 cm.

    8- Palácio Municipal

    Avenida 3 Rua 9.

    Já que o antigo Palácio Municipal, construído em madeira, foi queimado, o agrupamento ocupou diferentes locais, até que durante a Administração de José Figueres Ferrer (1970-1974) foi construído o novo Palácio Municipal, nas imediações do Parque Mora e Canas. Com desenho do Arq. Jorge Bertheau, usando estruturas pré-fabricadas, é uma cruz piramidal ao inverso de quatro andares, na que sobressaem cilindros em seus quatro vértices. É o edifício mais alto da cidade.

    9- Liceu José Martí

    Avenida 0 Rua 7.

    Ante a inexistência de um centro de ensino secundário, as forças vivas da cidade exigiram ao governo que os dotara de um colégio. Em 23 de março de 1942, um grupo de vizinhos conseguiram estabelecer a secundária noturna na Escola Delia Urbina de Guevara, onde permaneceu por 15 anos para converter-se em diurno e estreando a atual planta física do Liceu Diurno José Martí. Ocupa três quartos de um quarteirão, com um módulo central de concreto armado e ampliações que datam de 1960.

    10- Monumento a José Martí.

    Situado na Avenida 0 , Rua 7.

    Nasceu em 28 de janeiro de 1853, em Havana, Cuba. Aos 16 anos publicou seus primeiros escritos políticos, dando início à confrontação e persecução com o poder colonial espanhol. Em 1871 foi deportado para Cádiz, Espanha. Em este país publicou seu livro “Presídio político em Cuba” e se formou como advogado. Viveu alguns anos na Espanha e na França, para depois transladar-se a Veracruz, México para trabalhar como jornalista. Em 1878 voltou para Cuba, mas foi deportado novamente para a Espanha.

    De 1819 a 1890 viajou por toda América Latina trabalhando como correspondente de imprensa e desenvolvendo uma importante produção literária. Em 11 de Abril de 1895 desembarcou em Playitas, em um levantamento revolucionário pré-independista, sendo ferido mortalmente na Batalha de Dois Rios. Considerado Apóstolo da Independência de Cuba, um busto de bronze dele, mas de autor desconhecido está no Liceu José Martí, fundido na Oficina Cívica Militar de Cuba em 1956

    11- Catedral

    Avenida O Rua 7.

    Nos fins do século XIX, foi autorizada a construção de um oratório sob a evocação de Santo Antônio de Pádua. Em 1850 foi criada a paróquia e em 1858 construída a modesta capela em madeira. Em 1889 o Sagrado Coração de Jesus se converteu no novo padroeiro da comunidade. A inícios do século XX um incêndio reduziu a cinzas a capela. Entre os anos de 1902 e 1905, sob a direção do padre Esteban Vásquez, foi implementado o projeto para construir outro templo. O desenho correspondeu ao Eng. Luís Matamoros Sandoval.

    Foi utilizada pedra calcária trazida de Esparza e de Barranca, talhada por operários cartagineses; os blocos eram pegos com argamassa de cal e areia. A igreja possui três naves, duas cruzes, uma abside que finaliza a facahada do imóvel, janelas ojivais e pequenos arcobotantes nas fachadas laterais. A torre central tem quatro relógios. Os pisos inicialmente eram de tijolo contratados à Fábrica de Humberto Canessa, hoje em dia são de mosaico. Exteriormente, nota-se a influência do românico francês, no interior a influência é do historicismo neoclássico, com colunas dóricas. Sua fachada foi orientada em direção ao Leste, para que estivesse olhando para a população. Declarada Patrimônio Histórico Arquitetônico em 17 de Maio de 2002.

    12- Casa da Cultura

    Avenida O Rua

    Apresenta duas etapas de construção, a mais antiga da Comandância da Praça, de final do século XIX e a outra da cadeia construída em 1913.

    Concebida como um quartel militar, contava com muralhas e torres, a delegacia da Praça possuía uma área para dormitórios de soldados e um pátio central. A cadeia estava provista de uma série de celas para os detidos. Apresenta um desenho de influência neocolonial com janelas em arco levemente ojivais. Em 1977 o imóvel passou para o Ministério de Cultura, Juventude e Esportes para criar um complexo cultural. Em inícios de 1990 a cargo do Arq. Leonardo Silva foi transformada em museu histórico marinho, escritórios, sala de exposições temporais e auditório. A seção da cadeia foi modificada pelo Arq. Rodolfo Sancho Rojas e se converteu na Biblioteca Pública de Puntarenas. Foi declarada patrimônio histórico arquitetônico em 16 de maio de 1989.

    13- Parque a Vitória

    Avenida 1 Rua 3.

    Com este nome a comunidade de Puntarenas homenageou o Exército Costa-riquenho, em honra ao triunfo durante a Campanha Nacional de 1856-1857. A cidade de Puntarenas e seu porto foram vitais para o passo das tropas militares rumo a Nicarágua e a base de nossa frota de guerra. As tropas festejaram a vitória no incipiente espaço. O parque de amplos espaços arborizados apresenta uma figura retangular de uns 100 metros de comprimento por 20 metros de largura, conforme desenho do Arq. Hernán Gutiérrez Brown. Possui um quiosque em concreto armando e em seu extremo norte (junto ao estuário) está localizado um monumento circular.

    14- Casa Fait

    Avenida 3 Rua 3.

    A moradia foi construída entre 1924 e 1925 por Alberto Fait Rochi, imigrante italiano radicado na Costa Rica em 1887. Foi contratado pelo governo como mecânico na reparação das caldeiras dos barcos nacionais. A moradia ocupa um terreno de 1000 m2, é uma construção de dois andares em concreto armado, com influência vitoriana, com um espaço destinado à ventilação interna, onde é possível apreciar um trabalho de ornamentação com motivos geométricos e vegetais de inspiração Art Nouveau, também empregados nos varandas de ferro forjado do segundo andar. As portas e janelas são de dupla folha, em distribuição simétrica. Na coberta, lâminas de ferro galvanizado formam cinco monitores que facilitam a ventilação do teto. Por problemas de saúde, Fait voltou para a Itália deixando pendentes vários projetos. Por este motivo o Banco da Costa Rica embargou a moradia. A propriedade foi leiloada e adquirida por Miguel Macaya Lahmann, depois passou às mãos de Emilio Helpennstell e hoje em dia pertence a Elizabeth Magne. Foi declarada patrimônio histórico arquitetônico em 5 de março de 2003.

    15- Mercado Municipal

    Avenida 3 Rua 2.

    Começou a funcionar sob a sombra de grandes árvores, em direção ao lado do estuário onde várias pessoas ofereciam seus produtos. Posteriormente, foram construídos postos simples, por isso o comércio ficou concentrado na rua, ao longo do estuário, sendo reconhecida como a “Rua do Comércio”.

    Em 1907 foi encarregada a construção do mercado a Enrique Mc Adam. As fachadas foram construídas em pau-a-pique, enquanto no seu interior predominam os postos de venda construídos com tábua e madeira trançada do mesmo material. O mercado ocupa um quarteirão completo de terreno e começou a funcionar com 86 trechos ou locais; na atualidade operam 76. Nestes locais são vendidos: verduras, frutas e plantas medicinais e funcionam: peixarias, açougues, lojas e lanchonetes. O mercado abre suas portas todos os dias de 6 h às 4 h e fecham unicamente nas Quintas e Sextas Santas, 1° de Janeiro e 25 de dezembro.

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