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Caminhada histórica

por San José

Caminhada histórica por San José

"No coração de um país que se projeta ao mundo como remanso de paz e democracia, santuário para as riquezas naturais e polo de desenvolvimento tecnológico, está San José, uma cidade que serve de portal aberto para daí deslocar-se aos lugares de interesse, mas também oferece muitas opções para aqueles que nela permanecem."

  • San José
    San José

    O povoado que hoje é San José começou a meados do século XVI, como uma pequena vila. Esta zona foi conhecida como Vale de Aserrí e compreendia um extenso planalto de prados naturais, com uma altura que oscila entre os 1100 e os 1250 metros de altura . O território é regado pelos rios Tiribí, Torres, Maria Aguilar e Ocloro.

    A construção de uma capelinha em 1737, no lugar conhecido como a Boca do Monte, determinou a consolidação posterior do povoado. Em 1738 foi abençoada e dedicada ao Patriarca Senhor San José.

    Em 1776 foi construída uma nova igreja de barro, que com o passar do tempo chegaria a ser a Catedral Metropolitana. Em 1783, segundo um censo realizado, a Boca do Monte contava com 4.869 habitantes: 577 espanhóis, 3.664 mestiços e 628 mulatos localizados no centro, bairros e povoados vizinhos.

    O cultivo do tabaco iniciado nos arredores de San José na segunda metade do século XVIII contribuiu para gerar certo capital que permitiu um maior desenvolvimento econômico e fortaleceu o papel político de San José, com respeito ao resto da província. Em 1813, nosso representante perante as Cortes de Cádiz, o presbítero Florêncio do Castilho, geriu e conseguiu que San José recebesse o título de cidade.

    Em 15 de setembro de 1821 Costa Rica se independizou da Espanha, gerando no país uma luta entre as quatro principais cidades do Vale Central: San José, Alajuela, Heredia e Cartago para ser a capital do país. Esta situação levou a dois enfrentamentos armados: a Guerra de Ochomogo de 1823 e a Guerra da Liga de 1835. Finalmente San José obteve a designação de Capital do Estado.

    O auge edificatório se viu beneficiado com o concurso de destacados arquitetos estrangeiros, tais como Franz Kurtze, Ludwing von Shamier e Franz Rohrmoser, que dirigiram a construção dos mais relevantes edifícios da época.

    1. Edifício nossa Senhora de Sión

    Situado na Avenida Central e 1, Ruas 17 e 19.

    Em 1879, a Ordem das Religiosas de Sión chegou ao país a instâncias do General Tomás Guardia, para dedicar-se a trabalhos educativos na cidade de Alajuela. Em 1880 se transladaram a San José e entre 1883 e 1887 construíram um colégio de senhoritas e o convento de freiras da congregação. O conjunto de edificações possui um estilo de influência Neoclássica, que hoje em dia, perdeu muito de sua leitura histórica original.

    Os pavilhões de aulas e o convento foram edificados em tijolo sobre um alicerce de pedra. A capela é de concreto armado com abóbada de arco de meio ponto. Todos os trabalhos estiveram a cargo de Pedro Albertazzi. Este centro educativo desempenhou um importante papel na educação feminina da época. Em 1960, o Colégio de Sión foi transladado ao município de Moravia e em 1969 o estado adquiriu a propriedade, instalando aí vários escritórios públicos que atualmente formam parte da Assembleia Legislativa.

    2. Castelo Azul

    Situado na Avenida Central, Rua 17.

    Esta magnífica residência, de influência neoclássica, foi construída em 1908 pelo advogado e destacado político Máximo Fernández. Em 1914, a moradia foi alugada ao estado, para instalar nela a casa presidencial, durante o lapso compreendido entre 1914 e 1923, sendo habitada pelos presidentes Alfredo González Flores, Federico Tinoco Granados, Francisca Aguilar Barquero e Julho Acosta Garcia. Em 1923 foi vendida ao governo dos Estados Unidos para alojar a Delegação Norte-americana. Em 1954 foi adquirida pelo Dr. Carlos Manuel Gutiérrez Canas e em 1989 passou as mãos da Assembleia Legislativa adequando-se como sede do Diretório Legislativo.

    O Castelo Azul foi construído em concreto armado, destacando-se por seus acabados, o bom gosto e a qualidade dos materiais. Os planos e as especificações técnicas foram feitos pela Casa Hennebique de Paris, França e os trabalhos dirigidos pelo contratista Alfredo Andreoli. Sobre a origem do nome Castelo Azul existem duas versões: a primeira é que a bandeira do partido político de Máximo Fernández era dessa cor; a segunda se baseia em que a residência possuía uma cúpula de vidros em tons azuis que foi destruída em 1932 com a revolta militar conhecida como “O Bellavistazo”.

    Tel: 2243-2545 Escritório de Relações Públicas. Web: www.asamblea.go.cr

    3. Assembleia Legislativa

    Situada nas Avenidas Central e 1, Rua 15.

    Na década de 1920, Cristina Castro, viúva de Kieth, havia doado essa propriedade às Temporalidades da Igreja Católica para que no lugar se construísse um templo. Porém, em 1927 o Presidente Ricardo Jiménez não autorizou a construção, alegando a proximidade com o Quartel Bellavista. Em 1939, o Presidente León Cortés Castro comprou o terreno à cúria com o objetivo de construir aí a casa presidencial Nesse ano começaram as obras, com um desenho neocolonial do Arq. José Maria Barrantes. A edificação em concreto armado e com armadura de teto de ferro sofreu sérios atrasos na construção, por causa da carestia de cimento e outros materiais durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1957 foi concluído, sendo ocupada pela Assembleia Legislativa, em lugar da casa presidencial.

    Tel: 2243-2000 Web: www.asamblea.go.cr

    4. Museu Nacional da Costa Rica

    Situado nas Avenidas Central e 2, Ruas 15 e 17.

    Em 1870, o naturalista alemão Alexander Von Frantzius construiu sua residência no lugar conhecido como Buenavista pela panorâmica que mostrava da cidade de San José. Em 1876 foi adquirida por Mauro Fernández. Esteve desocupada de 1910 a 1914, ano em que foi comprada pelo governo de Alfredo González Flores para convertê-la em quartel. A obra foi continuada em 1917 por Federico Tinoco.
    Entre 1928 e 1932 terminou de se transformar em quartel militar. O Quartel Bellavista desapareceu como instituição, com a abolição do exército por preceito constitucional em 1949, destinando-se o imóvel à sede do Museu Nacional.

    O Museu expõe parte de suas coleções em duas salas, uma de história pré-colombiana e a outra de história da Costa Rica.

    Horário: De terças a domingo de 8:30hs às 16:30hs. Segundas fechado.
    Tel.: (506) 2257-1433 Web: www.museucostarica.go.cr

    5. Praça da Democracia

    Situada nas Avenidas Central e 2, Ruas 13 bis e 15.

    Inaugurada no dia 7 de novembro de 1989, com a presença dos Presidentes da América, o motivo da celebração foi o centenário dos acontecimentos políticos de 1889, onde o povo exigiu o respeito à eleição de José Joaquim Rodríguez para o cargo de Presidente da República, no que se chamou “O Centenário da Democracia”.

    O desenho da praça é do Arq. Edwin Vilhalta. Um dos propósitos de sua construção foi dar uma melhor perspectiva visual à fachada Oeste do Museu Nacional. Como projeto gerou polêmica, pela demolição de algumas residências de valor patrimonial que estavam no lugar.

    6. Templo Metodista

    Situado na Avenida Central, Ruas 9 e 11.

    Em 26 de abril de 1917 a Junta de Missões da Igreja Metodista Episcopal, com sede no México, decidiu iniciar sua obra missioneira na Costa Rica. Para isso viajou ao nosso país o reverendo Miller, adquirindo em 1919 uma propriedade ao pé de Cuesta de Moras, pertencente ao Clube Catalã. Aí funcionou por algum tempo o Templo Batista o Redentor, até que foi construída a nova igreja em 1940 a partir de tijolos com reboco de cimento.

    Tel. 2236-2171

    7. Igreja nossa Senhora da Soledad

    Situada na Rua 9, Avenidas . 4 e 6.

    A Igreja de Nossa Senhora da Soledad foi construída desde meados do século XIX, constituindo-se em um núcleo gerador de população no sudeste da cidade. É uma impressionante edificação construída em cimentos de calicanto com influência do estilo barroco e constitui um dos poucos imóveis representativos da cidade do século XIX, que ainda são conservados.

    8. Estátua do Dr. Rafael Angel Calderón Guardia.

    Localizada na Praça das Garantias Sociais, Ruas 5, Av. 4 e 6.

    Este médico foi regedor, deputado do Congresso e eleito Presidente da República em 1940. Promoveu algumas das reformas sociais importantes da sua época. Por eleições fraudulentas provocou um conflito armado que o manteve exiliado 14 anos. Em 1974 foi declarado Benemérito da Pátria.

    9. Colégio Superior de Senhoritas

    Localizado na Rua 3 , Avenidas. 4 e 6.

    O Colégio Superior de Senhoritas fundado no ano 1888 corresponde às primeiras edificações do Estado, levantado para estruturar um plano de ensino superior que marcou o início da preparação da mulher costa-riquenha e que levou a cabo plenamente. Em tantos anos de trabalho formou intelectuais de grande valor em nosso meio, sendo o colégio modelo de épocas posteriores no ensinamento. É um edifício de grande valor arquitetônico e possui um estilo que marcou toda uma época na construção costa-riquenha de finais do século XIX. Sua fachada é de estilo dórico, com uma ordem sobreposta coríntia executado em pedra, cuja fachada está perfeitamente balanceada, tanto seus eixos verticais como horizontais, elementos clássicos no renascimento.

    10. Igreja Anglicana ou Bom Pastor

    Localizada na Avenida 4, Ruas 3 e 5.

    Durante o século XIX e começo do século XX, Inglaterra exerceu uma influência econômica muito forte na região como o principal prestamista para os países centro-americanos. Em consequência, muitos negociantes ingleses chegaram a América Central e vários capelães foram estabelecidos para servir à vida espiritual dos empresários e diplomáticos. Em 1867 a Igreja de Cristo se estabeleceu em Guatemala no consulado britânico e seu capelão era ainda parte do pessoal diplomático. Na Costa Rica um tratado entre o governo e Inglaterra permitiu a jurisdição dos capelães em Honduras, Guatemala e El Salvador para que fossem transladadas da Igreja de Inglaterra à Igreja Episcopal dos EE. UU. Desta maneira, em 1957 o Distrito Missioneiro da Igreja Episcopal da América Central tinha se criado com as Igrejas de Guatemala, Honduras, Nicarágua e Costa Rica. David E. Richards foi seu primeiro bispo. Atualmente a Igreja tem presença em três províncias: San José, Heredia e Limón, onde se encontram a maioria das igrejas.

    Tel: 2222-1560 email: buenpastor@episcopalcosta-riquenha.org

    11. Praça da Cultura e Museus do Banco Central

    Situados nas Avenidas Central e 2, Ruas 3 e 5.

    O projeto de uma Praça da Cultura surgiu durante a administração de Daniel Oduber Quirós. Seu objetivo foi criar um centro adequado para as atividades artísticas, literárias e científicas. Em 1976 arrancou a obra com a demolição dos edifícios anexos ao Teatro Nacional. O desenho e seguimento dos trabalhos estiveram a cargo dos arquitetos Edgar Vargas, Jorge Bertheau, Jorge Borbón e o Eng. Samuel Rovinsky. O complexo cultural foi inaugurado em 26 de fevereiro de 1982, durante a administração de Rodrigo Carazo. A proposta original teve mudanças substanciais resultando uma praça com três níveis subterrâneos, localizados a uma profundidade de 12 metros. Os principais espaços estão ocupados pelos Museus de Ouro Pré-colombiano e de Numismática do Banco Central, uma biblioteca, um auditório, áreas abertas para exposições temporais e outros usos.

    Horário: Segundas a domingo de 9:15hs às 17:00hs. Nas quartas a entrada é grátis para nacionais e residentes.

    Tel.: (506) 2243-4202 Web: www.museusdelbancocentral.org

    12. Teatro Variedades

    Situado na Rua 5, Avenidas Central e 1.

    Em 1890, o empresário do teatro espanhol, Tomás Garcia junto com outros inversionistas decidiram construir o Teatro de Variedades. Em 1891 foi inaugurado com a Opereta a Mascota e em 1904 a Companhia Greco deu início aí às primeiras projeções cinematográficas no país, causando grande revolta e admiração entre os josefinos. Em 1906, debutou em esta sala o tenor nacional Manuel (Melico) Salazar, na ópera Boêmios. Em 1913 o teatro foi vendido a Nicolás Chavarria Mora, Alberto Echandi, José Zeledón e José Rafael Chacón, a quem se deve a ornamentada fachada atual. Em 1920, o teatro foi comprado por Mário Urbini, quem o converteu em uma sala de cinema, exclusivamente. Correspondeu ao Cinema Variedades, a honra de ter exibido em 1930 o primeiro filme na Costa Rica, intitulado “O Retorno”, que recria uma série de tópicos do costumes crioulo. A fachada de Variedades se levantou em tijolo e por sua ornamentação reflete um estilo eclético, onde ressaltam colunas com acabamentos de caras humanas, grinaldas de flores e ramas com grandes folhas; como duas figuras femininas de corpo inteiro com uma arpa no centro.

    Tel. 2222-6108

    13. Teatro Nacional

    Situado na Avenida 2, Ruas 3 e 5.

    Construído entre 1890 e 1897 com fundos públicos. Os planos foram realizados pelos engenheiros Luís Matamoros, Nicolás Chavarria e Guilhermo Reitz; dirigiu a obra Antônio Varela. Edificado em tijolo, com rodapés de pedra, revestimentos de granito e mármores. É o fruto do ideal da oligarquia do café do final do século XIX. No exterior ressaltam as alegorias da Dança, a Música e a Fama (na atualidade são réplicas), bem como obras de esculturas dos reconhecidos artistas italianos, Pietro Bulgarelhi, Adriático Froli e Pietro Capurro. No interior podemos observar a valiosa obra pictórica dos artistas Paolo Serra, Luigi Vignani, Roberto Fontana, José Vilha e Tomás Povedano.

    Horário: De segundas a sábado: 9:00hs às 16:00hs. Domingos fechados.
    Terças: Teatro ao meio-dia. Tour de 9:00hs às 16:00hs. Exceto ao meio-dia.
    Tel. (506) 2221-3756. Web: www.teatronacional.go.cr

    14. Estátua do Mestre Juan Mora Fernández

    Situado na Av. 2, Rua 1 e 3.

    Mestre, juiz e político na época independentista e primeiro Chefe de Estado

    1824-1833. Foi declarado benemérito da pátria em 1848.

    15. Grande Hotel Costa Rica

    Situado na Avenida 2, Rua 3.

    Construído entre 1928 e 1930 de influência Neoclássica, é de tijolo e cimento. Dirigiu os trabalhos o Eng. Vítor Lorenz. Seu primeiro proprietário foi o Dr. Luís Paulino Jiménez Ortiz. Originalmente era de quatro andares com uma torre, posteriormente foi construído um quinto andar. Durante muitos anos foi o hotel mais elegante da cidade de San José, por isso as personalidades estrangeiras, mais destacadas que nos visitaram, se hospedaram nele.

    16. As Arcadas

    Situado na Avenida 2, Rua 3.

    Declarado Monumento Arquitetônico, em 22 de abril de 1975. Localizadas ao lado do Hotel Costa Rica e em frente ao Teatro Nacional, foi construído aos finais do século XIX princípios do XX para agregar-se à paisagem dos edifícios vizinhos. Ao lado estava o que se chamou Passagem Dent, que era um centro de comércio da época.

    17. Antigo Banco Anglo (Edifício das Academias)

    Situado na Avenida Central, Ruas 1 e 3.

    Construído na primeira década do século XX. O desenho arquitetônico de influência neoclássica é do Arq. Jaime Carranza. No térreo destacam-se as duplas pilastras de estilo coríntio; na segunda tem balcões com balaustradas. No interior se conserva o piso de mármore do vestíbulo de entrada, bem como as portas de madeira moldada e os tetos com decorados em gesso do corredor principal e os escritórios laterais. O resto do imóvel foi transformado em seu interior. Este edifício foi uma das primeiras sedes do extinto Banco Anglo Costa-riquenho; agora ele está ocupado por distintas dependências públicas como o Ministério da Economia, Indústria e Comercio. Na atualidade se está acondicionando para converter-se na sede de diversas academias costa-riquenhas.

    Aqui pode encontrar também um escritório de informação Turística do Instituto Costa-riquenho de Turismo.

    Tel: 2010-7400. Web: www.patrimônio.go.cr

    18. Livraria Lehmann

    Situada na Avenida Central, Ruas 1 e 3.

    Em 1895 o alemão Antônio Lehmann Merz emigrou para Costa Rica e fundou a Livraria Católica. Em 1896, surgiu a Livraria Lehmann em sociedade com Friedrich Sauter e Carlos Ferderspiel, que mais tarde se separaram para estabelecer suas próprias empresas.

    Desde princípios do século XX esta livraria se constituiu em uma das mais importantes do país. O edifício construído em 1914 é de influência Neoclássica e sua construção é atribuída ao Arq. Gerardo Rovira. Levantado em tijolo com estrutura metálica, apresenta em sua fachada principal oito colunas rematadas com capitéis de influência coríntia e entre cada coluna ressalta uma grinalda de flores como elemento decorativo. Este edifício junto com os valiosos imóveis do Knöhr e o antigo Ministério de Economia formam um relevante conjunto arquitetônico que permite rememorar o San José de inícios do século XX.

    19. Edifício Knöhr

    Situado na Avenida Central e Rua 1.

    Construído entre 1912 e 1914 como Armazém Juan Knórh e Hijos. De influência Neoclássica, é de cimento armado, a estrutura de ferro foi encarregada a Humboldt Werkg em Colônia, Alemanha. A empresa Purdy Engineering Co., (engenheiros e construtores) construiu o imóvel. Nele ressalta um frontão curvo, pilastras, medalhões e grinaldas. Na atualidade está ocupado por diversos comércios.

    20. Edifício Steinvorth

    Situado na Rua 1, Avenida Central 1.

    A final do século XIX chegou ao país o imigrante alemão Otto Steinvorth e em 1907 conseguiu concluir a construção de um imponente edifício comercial: o Armazém Steinvorth, dedicado à venda de variados artigos e um dos maiores do seu gênero em San José, da primeira metade do século XX. Nos anos 1940 o armazém fechou suas portas e a inícios da década de 1960 Samuel Grinspan comprou a metade do imóvel, e a demoliu.

    Atualmente só é conservada uma seção, muito alterada por causa dos usos não adequados e pelas remodelações agressivas praticadas. O desenho arquitetônico continua a corrente do Art Nouveau francês e foi realizado pelo Arq. Francisco Tenca. Com dois níveis levantados em tijolo sobre alicerces de pedra e uma estrutura metálica. Suas fachadas estavam profusamente decoradas com motivos animais (camelos e pavões), bem como plantas em baixo relevo.

    21. A Catedral

    Localizada na Rua Central, Avenidas 2 e 4.

    A finais do século XVIII, a capelinha de San José da Boca do Monte –assim se chamava a capital- foi transladada ao lugar onde hoje está a Catedral. De barro e teto de palha ao princípio, passou a ser uma igreja de pedra e com colunas salomônicas.

    Depois de ter sofrido danos por tremores e terremotos, foi remodelada e convertida na Catedral Metropolitana de hoje em dia, com seus agregados ao norte onde está à capela ou o Sacrário e a Cúria Metropolitana ao lado Sul.

    Tels.: (506) 2258-1015 / 2221-3820.

    22. Estátua de João Paulo II

    Localizada na Avenida 2, Rua Central.

    Obra em mármore de Carrara (Itália), feita por Jorge Jiménez Deredia. O autor pretende ressaltar o aspecto humano e a relação próxima que teve o Papa João Paulo II com as pessoas. Foi posta no lado norte da Catedral Metropolitana em 30 de setembro de 2006.

    23. Parque Central

    Localizado na Avenidas 2 e 4, Rua Central e 1.

    Em 1868, com motivo do então recém inaugurado sistema de aquedutos de San José, foi instalado na principal Praça Josefina uma fonte coberta por umas grades trazidas da Inglaterra em 1885, a praça se converteu no Parque Central, para ser remodelado novamente com vistas a melhorar a paisagem urbana da capital. O parque é o coração da cidade onde obrigatoriamente confluem para várias estradas do país e transitam milhares de pessoas diariamente para deslocar-se para diferentes destinos.

    24. O Barrendero

    Localizado na Avenida 2, Calle Central e 1.

    É do escultor Edgar Zúniga e foi colocado no Parque Central no ano 2003. Faz honra aos trabalhadores da Prefeitura de San José que diariamente vemos limpando os parques e as ruas da cidade.

    25. Teatro Popular Melico Salazar

    Localizado na Avenida 2, Rua Central e 1.

    Sua construção foi terminada em 1928, a partir do desenho de José Fábio Garnier. Ao princípio se chamou Teatro Raventós pelo sobrenome do seu dono e oferecia espetáculos do tipo cinematográfico. Na década dos oitentas e para render homenagem a Manuel “Melico” Salazar, um dos mais altos representantes da ópera costa-riquenha, foi trocado o nome e o tipo de espetáculos, com vistas a dar espaço a formas artísticas mais populares.

    Visita guiada com hora marcada.
    Funções: segundo cartazes.

    Tels.: (506) 2221-4952 / 2233-5424

    26. A Casona

    Situada na Rua Central, Avenidas Central e 1.

    Na metade do século XIX o colombiano Miguel Macaya Artuz se radicou na Costa Rica e estabeleceu em 1877 a Casa de Ferragens Macaya, a mais antiga casa de ferragens do país. Em seus inícios o negócio ocupou diferentes locais e em 1908 foi transladado a um amplo edifício, recém inaugurado para dito propósito. Esta casa de ferragens se converteu no protótipo dos estabelecimentos comerciais que desde final do século XIX, trataram de conseguir uma maior clientela, em cômodas instalações, para que adquirissem a mercadoria em seções classificadas. O negócio fechou suas portas em 1965 e, dez anos depois, Ricardo Baltodano Chamberlain o alugou para convertê-lo em um mercado de artesanatos chamado “A Casona”. O imóvel tem uma influência neoclássica, com um desenho do Arq. Jaime Carranza. Foi edificado em tijolo sobre alicerces de pedra, com uma estrutura de aço importada da Bélgica. Os pisos do térreo são de pedra rústica, similares às antigas calçadas da cidade capital.

    Aberto de Segundas a Sábado de 9:30hs às 18:30hs

    27. Antiga Residência de Ángel Miguel Velásquez

    Situado na Rua Central, Avenidas 1 e 3.

    O edifício foi construído em 1897, como residência e comércio de Angel Miguel Velásquez. Na parte alta, do segundo nível podemos apreciar uma valiosa ornamentação, composta por um mosaico com motivos florais de influência pompeiana e um balcão com trabalhos de ferragem, com reminiscências da Art Nouveau francesa. O desenho do imóvel foi obra do Arq. Francisco Tenca. No térreo funcionou “O Iris”, um dos bazares mais exclusivos da primeira metade do século XX. O imóvel pertence a Iza Colombari da antiga edificação só se conserva a fachada, pois o interior sofreu uma remodelação total.

    28. Igreja Nossa Senhora do Carmo

    Situada na Avenida 3, Rua Central.

    Em 1830, as irmãs Jerônima e Maria Conceição Quirós e Castro, fiéis devotas da Virgem do Carmo, doaram o terreno para a construção da igreja. Em 1845, foi construída uma capelinha em barro e em 1874 foi terminado e abençoado o atual templo, edificado em pedra e tijolo. É de influência neoclássica e através do tempo sofreu diversas remodelações na fachada principal. Em seu interior está a imagem do Doce Nome de Jesus, uma das mais antigas que ainda conserva a igreja e que possui um alto valor histórico religioso. Esta devoção provém de 1856, quando foi associado com o milagre, que pôs fim à peste da cólera.

    Tel. 2222-1435

    29. Banco da Costa Rica (Antigo Armazém Luís Ollé)

    Situado na Avenida 3, Rua Central.

    O edifício foi construído a inícios do século XX, em tijolo e possuía uma cúpula de cimento. O desenho arquitetônico foi realizado pelo Arq. Daniel Domínguez Párraga e está construído dentro de uma tendência neoclássica, para uso comercial.

    No imóvel funcionou a Casa de Ferragens Espriella e Companhia, o Armazém Luís Ollé e o Banco BIESA. Em 1988 foi adquirido pelo Banco da Costa Rica. Apesar de que suas fachadas são mantidas quase inalteráveis, internamente foi muito transformado e sua cúpula original colapsou por acidente, sendo substituída anos depois por uma metálica.

    30. Edifício Herdocia

    Situado na Avenida 3, Rua 2.

    Nos fins do século XIX a propriedade pertencia a Jesus Castro e Ana de Alvarado. Em 1866 sua filha Toribia Castro a vendeu a Pedro Quirós Jiménez. Outros donos foram José Maria Acosta Rojas, Jaime Güell Ferrer, Julia Alvarez Canas. Em 1934 foi adquirida por Carmem Herdocia Rojas e em 1945 encarregou a Arq. Luís Llach a construção do edifício em concreto armado e tijolo. O imóvel apresenta um estilo que denota a transição do Neoclássico ao Modernismo, bem como elementos do Barroco nas janelas. A vocação do edifício sempre foi a comercial e para escritórios. Em seu desenho chamam a atenção as pérgolas de concreto do telhado e o torreão central. Foi declarado patrimônio histórico arquitetônico em 23 de fevereiro de 2000.

    31. Edifício dos Correios da Costa Rica

    Localizado na Rua 2, Avenidas 1 e 3.

    De concreto armado, estilo eclético, com marcada influência francesa, o edifício dos Correios e Telégrafos foi construído entre os anos 1914 e 1917, a partir do desenho do arquiteto Luís Llach. Trata-se de uma obra monumental e elegante com formosas torres nas esquinas e sua entrada principal com adornos. Atualmente, além dos escritórios postais, abriga um Museu Filatélico que permite mostrar aos turistas a história do desenvolvimento postal costa-riquenho.

    Horário: De segundas a sextas de 7:30hs. às 18:00hs.
    Sábados de 6:30 às 12:00hs.
    Tel.: (506) 2223-1969 Fax: (506) 2233-5182

    32. Museu Filatélico e dos Correios da Costa Rica

    Localizado dentro do edifício dos Correios.

    O Museu Filatélico foi criado para a divulgação e exibição dos bens patrimoniais do Correio, destacando a trajetória dos diversos sistemas de comunicação, bem como a exibição da história filatélica nacional e internacional. É um lugar muito visitado por grande quantidade de público estrangeiro e nacional, especialmente grupos de estudantes de todos os níveis escolares.

    Visitas: São feitas atividades de projeção tais como o intercâmbio filatélico, as amostras e exposições filatélicas, cursos e assessoria filatélica, além do apoio educacional.

    Tel.: (506) 2223-6918 / 2223-9766 Extensão 204-205
    Horário: Segundas a sextas de 8:00 hs. às 17:00 hs.

    33. Monumento a Juan Rafael Mora Porras (1814-1860)

    Localizado na Rua 2, Avenidas 1 e 3.

    Cafeeiro, Presidente da República (1849-1859) quando foi reconhecida a independência por parte da Espanha. Desenvolveu a luta contra os flibusteiros na Campanha Nacional de 1856-57. Em 1858 conseguiu o estabelecimento do limite fronteiriço com Nicarágua. Benemérito da Pátria em 1850, o Monumento representa ao norte o trabalho de camponeses e ao Sul a Campanha de 56. Há outras 2 figuras: ao leste uma mulher que simboliza a ciência e ao oeste um homem que simboliza a liberdade.

    34. A Chola

    Localizada na Avenida Central, Ruas 2/4

    É uma obra feita em bronze pelo artista Manuel Vargas, é parte de um projeto chamado “Arte em Espaços Públicos” que promove a Prefeitura de San José desde o ano 2003. “A Chola” foi colocada em 2004.

    35. Monumento aos Presentes

    Localizado na Rua 4, Avenida Central e 1.

    Obra realizada pelo escultor Fernando Calvo, aponta a buscar o homem da nossa terra, o construtor deste país, o incansável lavrador, que sempre está presente, o camponês do Vale Central. Recebeu o prêmio “Aquileo Echeverria” outorgado pelo Ministério de Cultura Juventude e Esportes em 1982.

    36. Mercado Central

    Localizado na Rua 6, Avenida Central e 1.

    Depois da transformação da Praça Principal no Parque Central, foi escolhido para o mercado josefino o lugar conhecido como a “Praça Nova”. O imóvel sofreu muitas transformações, mas não perdeu seu sentido mais importante: ser cantinho de culturas da sociedade costa-riquenha e representação cotidiana do patrimônio cultural, que dia a dia são construídos a partir da combinação do tradicional e do moderno.

    Horário: De segundas a sábado, 8:00hs às 17:00hs.
    Tel.: (506) 2295-6104

  • Bairro Amón
    Bairro Amón

    Em 1848, durante a administração de José Maria Castro Madriz, foi estabelecida a divisão territorial, para a cidade de San José, que deu origem ao atual Distrito El Carmem.

    A construção, em 1845, de uma capelinha dedicada à Virgem del Carmem, se converteu em um forte incentivo para o povoamento do lugar. Já para a década de 1870, no setor nordeste da cidade de San José, se consolidaram outros polos de desenvolvimento além da igreja, tais como a Estação Ferroviária ao Atlântico e uma série de indústrias de diversa índole (fábricas de tijolos, benefícios, moinhos e de licores).

    O crescimento urbanístico do Distrito El Carmem obteve seu maior impulso depois da década de 1890, quando setores acomodados da elite josefina decidiram transladar suas residências a este novo espaço populacional que adquiriu as características de um lugar quase exclusivo para a burguesia. O processo urbanizador não somente eliminou fazendas e cultivos, senão que inclusive obrigou o fechamento paulatino de muitas das indústrias que tinham se estabelecido previamente na zona.

    Os três bairros que surgiram foram: o Bairro Amón a partir de 1892, o Bairro Aranjuez desde 1894 e o Bairro Otoya, com posterioridade a 1906. Em harmonia com a consolidação habitacional do distrito, existiu a decisão governamental de construir no setor uma série de edificações para diversas instituições e a transformações de antigos espaços abertos e praças, nos parques Morazán (1887), Nacional (1895), Espanha (1920) e Simón Bolívar (1921); este último depois convertido em zoológico (1924). Todas estas mudanças contribuíram para elevar o custo da terra e lhe deram status e categoria ao distrito.

    1- Museu Rafael Angel Calderón Guardia

    Situada na Avenida 9, Rua 25.

    É o encarregado de preservar, recuperar e divulgar o legado da reforma social alcançada no período 1940-1944 pelo benemérito da Pátria Dr. Calderón Guardia. Conta com quatro salas históricas que recriam a vida e obra do ex-presidente, e uma galeria de arte com exibições temporárias.

    Horário: Segundas a sábado de 9:00hs às 17:00hs
    Tels.: 506) 2221-1239
    www.mcjdcr.go.cr/patrimônio/museu_calderon_guardia.html

    2- Igreja de Santa Teresita

    Situada na Rua 23, Avenida 9.

    Em 1920 o Governo doou o terreno para a construção da igreja. Foi iniciada em 1921, concluída em 1940 e elevada à categoria de paróquia em janeiro de 1941, por Monsenhor Vítor Manuel Sanabria Martínez. De influência neoclássica, com estrutura metálica e edificada em concreto armado, seu desenho final correspondeu ao Arq. José Maria Barrantes Monge. O artista Luís Ferón elaborou os quatro evangelistas localizados na cúpula interna. No templo são conservados dois vitrais originais da antiga capela do Colégio de Sión trazidos da França.

    3- Antiga Alfândega Principal

    Construída entre 1889 e 1891 por contrato com Minor Keith, para ser utilizada como espaço do terminal Ferroviário ao Atlântico, com uma área de mais de 4.000 metros quadrados.

    De influência neoclássica, em sua edificação foram empregados milhares de tijolos, com pisos de laje de pedra, estrutura de tetos de metal de características industriais e coberta de lâminas de ferro galvanizado.

    23 e 25, Avenidas 7 e 9.

    Como elemento ornamental e de iluminação, ressaltam as rosetas em suas fachadas. Em 1931 o Governo estabeleceu um contrato com dona Adela Gargolho de Jiménez para ampliar em concreto armado o espaço da terminal e construir a parte administrativa. Em 1976 o imóvel deixou de funcionar como alfândega de registro e praticamente foi abandonado.

    Entre os anos que vão de 1979 a 1990 se tentou transformá-la em um centro de belas artes, mas a ideia não passou de ser um simples projeto sem financiamento. Desde 1990 e até 2003 foi ocupada por uma empresa privada que organizou diversas feiras e exposições. Um novo projeto pretende convertê-la em um centro cultural.

    4- Teatro da Alfândega

    Situado em Rua 25, Avenidas 3 e 9.

    Originalmente o imóvel serviu como almoxarifado de uma alfândega existente em Carrillo, a beira do rio Sujo, município de Guácimo, província de Limón. Aos finais da década de 1890, foi transladada e instalada ao lado leste da Antiga Alfândega Principal, com o objetivo de ser utilizada primeiro como almoxarifado anexo à alfândega e depois como Casa de Cunho, para a acunhamento de moedas até 1949. Edificada com uma estrutura de ferro em forma de arco, estava coberta em sua totalidade com lâminas de ferro galvanizado. Foi remodelada em 1987 e passou a converter-se no Teatro da Alfândega, dependente da Companhia Nacional de Teatro do Ministério de Cultura.

    Tel. 2257-8305

    5- Antiga Estação da Ferroviária ao Atlântico

    Situada na Avenida 3, Ruas 17 e 19.

    Nos finais do século XIX, a Ferrovia ao Atlântico se constituiu no maior avanço do país. O edifício se construiu em 1908 em tijolo e é de influência vitoriana. O desenho é do Arq. Jaime Carranza. A fachada principal conserva um frontão de ar barroco, com um acabamento floral e uma máscara laqueada pelas figuras mitológicas de Mercúrio e Vênus.

    Sua coberta é metálica e de tipo mansarda. Ao extremo leste de seus jardins, estão localizadas:

    6- Máquina de Vapor N°59

    Chegou em 1939 em barco a Puerto Limón procedente da Inglaterra e importada pela Northen Railway Company. Sua compra foi parte de uma remessa de sete máquinas. Esta locomotora funcionou até o ano 1956, quando foi substituída por outras mais modernas, alimentadas com diesel.

    7- Monumento ao General Tomás Guardia Gutiérrez (1832-1882)

    Este militar foi presidente da Costa Rica durante o período 1870-1876 e 1877-1882. A ele se deve o início da construção da Ferrovia ao Atlântico, a promulgação da Constituição de 1871 e a abolição da pena de morte em 1882. O busto de bronze é obra do escultor Miguel Ortuno Sobrado, inaugurado em 26 de abril de 1982.

    8- Parque Nacional

    Situado na Avenidas 1 e 3, Ruas 15 e 19.

    Em 1873 o governo decidiu abrir um espaço público nas proximidades da terminal da Ferroviária ao Atlântico. Este fato determinou a expropriação dos terrenos necessários para a formação da Praça da Estação. O lugar cobrou grande importância em 1895 quando foi escolhido para a instalação do Monumento Nacional comemorativo à Campanha Nacional de 1856-1857. A partir desse momento se converteu no Parque Nacional e com o passar do tempo foram instalados aí os seguintes monumentos escultóricos.

    9- Monumento Nacional

    Foi inaugurado em 15 de setembro de 1895 para comemorar os triunfos de Santa Rosa, Rivas e o Rio San Juan durante a Campanha Nacional de 1856-1857, contra os flibusteiros. O conjunto escultórico é uma alegoria na qual cinco mulheres representam a cada uma das nações centro-americanas (Costa Rica a maior altura ergue a bandeira e sustenta a Nicarágua); o homem que foge representa a William Walker e o soldado morto simboliza a derrota dos invasores e o triunfo pela defesa da soberania nacional. É uma escultura em bronze, obra do escultor Louis Carrier Belicuse, fundida em Paris em 1891.

    10- Monumento a José Martí (1853-1895)

    Poeta, escritor, advogado e político cubano. Foi considerado o líder mais importante da independência de Cuba. Desembarcou com tropas em Playitas e caiu mortalmente ferido na batalha de Dois Rios. Como escritor foi um dos iniciadores do Modernismo. Entre sua produção destacam: Ismaelillo, Versos Livres, Versos Simples, Cartas à minha Mãe e Amizade Funesta. O monumento é uma esfige de bronze, obra do escultor Tony López. Foi inaugurado em 1953, com motivo do centenário do nascimento de Martí.

    11- Monumento a Miguel Hidalgo e Costilla (1753-1811)

    Sacerdote e patriota mexicano, considerado o pai da independência do seu país. Iniciou a Revolução em 1810 com o Grito de Dolores, em Guanajuato. Seu exército estava composto maioritariamente por indígenas e lutou pela redenção deste setor social. Depois de obter ressonantes triunfos foi traído, feito prisioneiro e fuzilado em Chihuahua. O busto, um dos mais valiosos do país, é de bronze e foi colocado sobre um pedestal de mármore. A obra é do escultor Juan Fernando Olaguibel (1965) e foi inaugurado em 1966, com motivo da visita do Presidente do México Gustavo Diaz Ordaz.

    12- Monumento a Andrés Bello (1781-1865)

    Escritor, filólogo, poeta, jurisconsulto e político venezuelano. Bello realizou importantes trabalhos no Chile, como Reitor da Universidade e redator do Código Civil Chileno. Entre suas publicações destacam: Gramática Castelhana (uma das melhores) e poesias inspiradas em motivos americanos. O busto é de bronze e aparece assinado por L. González G. (1938). Foi instalado em 1981, em ocasião do bicentenário do nascimento do poeta, graças à doação do Dr. Luís Herrera Campins, Presidente da Venezuela.

    13- Biblioteca Nacional

    Situada na Avenida 3, Ruas 15 e 17.

    Edifício construído entre 1969-1971, de estrutura de cimento armado, de estilo funcional e com cinco níveis. O desenho correspondeu principalmente ao Arq. Jorge Borbón Zelherde da Oficina de Planificação Nacional. Foi construído pela Empresa CARREZ Ltda. O edifício leva o nome de Miguel Obregón Lizano e como instituição foi fundada em 1888. A onda sísmica que afetou nosso país a inícios da década de 1990 produziu danos estruturais no imóvel e esteve fechado por espaço de quase dois anos. No térreo, do lado oeste, funciona a Galeria Nacional de Arte Contemporânea, que realiza exposições temporárias, programadas pelo Museu de Arte Costa-riquenha.

    14- Tribunal Supremo de Eleições.

    Situado na Avenida 1, Rua 15.

    Durante a administração de Daniel Oduber Quirós (1974-1978), procedeu a demolir uma série de edificações para construir em esse lugar a nova casa presidencial. A obra ficou inacabada quando o governo de Rodrigo Carazo Odio (1978-1982) decidiu não continuá-la. O projeto foi retomado pelo governo de Rafael Ángel Calderón Fournier (1990-1994), com o propósito de que servira de sede ao Tribunal Supremo de Eleições. Foi inaugurado em 1995, durante o governo de José Maria Figueres (1994-1998). O desenho original do edifício era do Arq. Jorge Bertheau e a concepção final do Arq. Percy Zamora.

    15- Museu de Arte e Desenho Contemporâneo

    Situado na Avenida 3, Rua 15.

    Este museu, inaugurado em 1994, está dentro das instalações da antiga Fábrica Nacional de Licores e se dedica à exibição das últimas tendências da arte moderna. A sala principal de exposições ocupa uma velha adega de envelhecimento de runs, edificada entre 1853-1856 em pedra Pavas, com uma espessura de quase um metro em suas paredes.

    16- Centro Nacional de Cultura (CENAC)
    Antiga Fábrica Nacional de Licores

    Situado nas Avenidas 3 e 7, Ruas 11 e 15.

    A Fábrica de Aguardente foi criada como um monopólio estatal, em defesa da saúde pública e em benefício do Erário Nacional. Os primeiros edifícios da antiga fábrica foram construídos entre 1853 e 1856 (administração Juan Rafael Mora Porras), em pedra Pavas com vigas e travessões e tetos de madeira. No conjunto arquitetônico atual podemos apreciar uma diversidade de épocas construtivas ou variedade de materiais que incluem: pedra, tijolo, cimento armado, madeira, blocos de concreto e estruturas metálicas da antiga Fábrica de Licores destaca o portal da entrada sudeste, em pedra lavrada, que junto com o Relógio de Sol foram instalados em 1941. Em 1981 se transladou a fábrica a Grécia, Alajuela, ficando somente a seção de embalado e os depósitos de álcool em San José. Em 1992 se entregou o imóvel ao Ministério de Cultura, Juventude e Deportes, que procedeu para realizar os trabalhos de remodelação necessários para instalar o Centro Nacional da Cultura, inaugurado em fevereiro de 1994.

    17- Antiga Segunda Comissária

    Situada na Avenida 3, Ruas 11 e 15

    Construída nos fins da década de 1920, em concreto armado e tijolo. Possui elementos ornamentais de influência neoclássica. A Union Motor Company a utilizou para a venda de automóveis. O desenho do edifício apresenta três níveis: o primeiro da Avenida das Damas foi usado como escritórios e salão de exibição; o segundo foi destinado para almoxarifado de peças e o terceiro, com saída para a Avenida 1, funcionou como oficina e garagens. A partir da década de 1950 este imóvel abrigou a Segunda Comissária do Ministério de Segurança Pública.

    18- Edifícios de Apartamentos Interamericanos

    Situado na Avenida 7, Rua 15.

    Este edifício foi construído em tijolo, a início da década de 1880. Nele funcionou a casa de máquinas da primeira planta elétrica de San José, que pertenceu a Luís Batres e Manuel Dengo. Em 1930, o Eng. Francisco Jiménez Ortiz o adquiriu para instalar um moinho de café e anos depois, uma fábrica de vidro e porcelana. A princípios da década de 1940 o reformou e ampliou, convertendo-o em apartamentos que foram alugados inicialmente para a equipe de engenheiros, que dirigiram os trabalhos de construção da Estrada Interamericana Sul. O edifício apresenta em suas fachadas algumas decorações e possui um jardim central. Hoje em dia pertence à Sociedade Caleiro S.A.

    19- Embaixada do México

    Situada na Avenida 7, Ruas 11 e 15.

    Em 1928 o Governo da Costa Rica doou ao do México, o terreno para a construção da Delegação Diplomática desse país. A obra de construção, em blocos de concreto, foi realizada entre os meses de abril e novembro daquele ano pela Companhia Construtora de Dona Adela Gargolho Viúva de Jiménez. O desenho de estilo neocolonial é do Arq. José Francisco Salazar. Foi inaugurada em dezembro desse mesmo ano pelo Presidente Cleto González Víquez e pelo Embaixador Antônio Médiz Bolio. Em abril de 1948, um fato histórico transcendental na história nacional, aconteceu em esse edifício, quando com a finalidade de pôr fim ao conflito armado conhecido como “Revolução de 48”, foi levado a cabo a assinatura do acordo do cesse da guerra, por meio do documento “Pacto da Embaixada do México”, subscrito por Benjamim Núnez, representando a José Figueres Ferrer e Manuel Mora Valverde.

    20- Edifício de Apartamentos Praça Espanha

    Situado na Avenida 7, Rua 11.

    21- Casa Amarela (Chancelaria)

    Situada na Avenida 3, Rua 15/17

    Em 1912, o filantropo norte-americano Andrew Carnagie doou a quantidade de 100 mil dólares para construir a Corte de Justiça Centro-americana em San José. A edificação, em tijolo, foi encarregada à English Constrution Company Limited e terminada em 1916, o desenho está inspirado na arquitetura espanhola e é obra do Arq. Henry D. Witfield.

    Em 1919, a Corte se dissolveu e o edifício passou às mãos do Estado costa-riquenho sendo utilizado em distintos momentos como Casa Presidencial, Congresso Nacional e Ministério de Relações Exteriores e Culto. Na “Casa Amarilla”, sobressai o cavalete profusamente ornamentado, de características barrocas. O nome com o qual se conhece a sede da Chancelaria obedece a cor com que tradicionalmente foi pintada.

    Horário: Segundas a sextas de 8:00hs às 16:00hs.
    Tel. 2223-7555 Web: www.rree.go.cr

    22- Monumento à Família

    Situado na Avenida 3, Rua 15

    Na entrada do Instituto Nacional de Seguros. Criado pelo escultor costa-riquenho Francisco Zúniga, a pedido do Presidente Executivo da instituição. Representa uma família ativa, trabalhadora e humilde. Foi inaugurada em abril de 1978.

    23- Museu de Jade

    Situado na Avenida 3, Rua 15

    Localizado no térreo do Instituto Nacional de Seguros. O Museu de Jade exibe a maior coleção de jade pré-colombiano da América. Atualmente, conta com uma moderna distribuição de salas de exibição, facilitando o acesso aos visitantes nacionais e estrangeiros, ao rico acervo arqueológico que custodia, protege e exibe este museu. A coleção inclui também objetos elaborados em cerâmica, pedra, osso, concha, madeira e outros materiais, tanto em sua exibição permanente como em exibições temáticas temporárias.

    Tel: (506) 2287-6034 / Fax: (506) 2255-3456 / www.portal.ins-cr.com
    Horário:
    Segundas a sextas de 8:30hs às 15:30hs
    Sábados de 9:00hs às 13:00hs

    24- Parque Espanha

    Este espaço público surgiu em 1862 como uma praça ao serviço das atividades ligadas à Fábrica de Licores. O lugar se converteu em um lugar para boieiros e carroças que chegavam desde diferentes partes do Vale Central, transportando os doces que serviam de matéria-prima nos processos produtivos de álcool e licores. Além deste uso, na praça também foram instalados circos; realizadas festas de fim de ano, com corridas de touros; foram jogadas partidas de futebol nos fins de semana e com a abertura do Edifício Metálico, foi usado para os exercícios de educação física dos escolares. Em 1917, foi convertido em Parque da Concórdia e em 1920 rebatizado como Parque Espanha. Na década de 1940 Mário González Feo, Administrador da Fábrica de Licores, impulsionou uma série de melhoras neste parque, tais como a construção de uma casinha decorada com mosaicos e coberta de telha, bem como a instalação de bancos e plantas. Sua última reforma aconteceu em 1994, data na qual se transladou a este lugar o monumento à Rainha Isabel A Católica. No parque encontramos os seguintes monumentos:

    25- Monumento ao Presbítero Cecílio Umana (1794-1871)

    Este sacerdote tomou juramento em 6 de novembro de 1824 aos deputados do primeiro Congresso Constituinte do Estado Livre da Costa Rica. Desempenhou-se como Capelão do Exército da Costa Rica, durante a Campanha Nacional 1856-1857. Ao morrer doou sua fortuna a obras benéficas, entre elas: o Hospital San Juan de Dios e para a construção dos lavadeiros públicos localizados no Bairro Amón. O busto em bronze é obra do escultor Juan Ramón Bonilla, inaugurado em 1918.

    26- Monumento a Rafael Barroeta Baca (1813-1880)

    Nasceu em Cartago e foi filho de Rafael Barroeta (membro da Primeira Junta Superior Governativa em 1822). Barroeta Baca desempenhou diversos cargos públicos: Conselheiro de Estado em 1870, Ministro durante o regime de Tomás Guardia e Presidente interino da República em 1874. Foi considerado um benfeitor social. A escultura em bronze é uma réplica da que existe no Cemitério Geral. Obra do artista Juan Ramón Bonilla, inaugurada em 1918.

    27- Monumento a Andrew Carnagie (1835-1919)

    Filantropo e industrial norte-americano que legou sua imensa fortuna para instituir fundações caritativas e de fomento de investigações científicas. Decidiu financiar a construção do edifício da Corte de Justiça Centro-americana, em Cartago (destruído pelo terremoto de 1910). Perante esta situação, ajudou novamente para ser reconstruída outra vez a Corte, mas agora na cidade de San José (hoje em dia Casa Amarela). O busto em bronze é obra de Juan Ramón Bonilla, inaugurado em 1918.

    28- Monumento a Tomás Soley Güel (1875-1943)

    Co-diretor do Jornal O Imparcial, deputado no Congresso de 1920 a 1922 e Secretário de Estado da Fazenda e Comércio de 1923 a 1928. Foi um dos criadores do Instituto Nacional de Seguros em 1974, ao cumprir o cinquentenário de monopólio dos seguros, foi colocada uma esfige sua em bronze, obra do escultor Olger Villegas Cruz.

    29- Monumento a Juan Vázquez de Coronado (1523-1565)

    Conquistador espanhol. Prefeito Maior de Honduras e de San Salvador e fundador da cidade de Cartago. Percorreu nosso território e conseguiu pacificar a muitas tribos indígenas. Foi nomeado Governador da Província da Costa Rica, pelo rei Felipe II e em uma viagem de volta da Espanha morreu afogado em um naufrágio. A estátua em bronze de três metros de altura foi esculpida pelo espanhol José Antônio Márquez e doada pelo Instituto de Cultura Hispânica de Madri. Foi inaugurado em 12 de Outubro de 1977.

    30- Monumento a Isabel A Católica (1451-1504)

    Foi Rainha de Castilha e graças a seu matrimônio com Fernando de Aragón, aconteceu a unificação dos dois principais reinos da Espanha e a expulsão dos moros da Península Ibérica. Lutou pela unidade política, jurídica, territorial, religiosa e linguística da Espanha. A partir de 1492, seu apoio foi determinante na exploração da América, empresa iniciada por Cristóbal Colón. O busto em bronze, fundido em Madri, por I. A. González foi esculpido por José Planez.

    31- Escolas Graduadas (Edifício Metálico)

    Situado na Avenida 5, Rua 9.

    Em 1890, durante a breve Administração de Carlos Durán Cartín foi contratado com a Sociedade de Forjas de Aiseau de Bélgica, um edifício metálico cujo desenho de tendência neoclássica, correspondeu ao Arq. Charles Thirion, com a finalidade de abrigar as Escolas Graduadas de meninos e meninas de San José. No final de 1892, chegou à Costa Rica o embarque com as peças do imóvel e em 1896 foi inaugurado. Em 1917, foi dado o nome de Julia Lang à seção feminina da escola e Buenaventura Corrales à seção masculina. A supervisão da armação do edifício ficou a cargo do Eng. Henry Invernisio. Esta escola é um exemplo da arquitetura em metal que tomou força a partir da Exposição Internacional de Paris de 1889, onde foi inaugurada a famosa Torre Eiffel, desenhada pelo Eng. Gustavo Eiffel.

    32- Parque Morazán

    Situado na Avenida 3, Ruas 5 e 9.

    Parte da zona do que hoje em dia é o Parque Morazán era uma lagoa da qual se extraia barro para fabricar adobe. Em 1878 começou o processo de dessecação desses terrenos, consolidando-se como espaço aberto, com o nome de Praça da Lagoa. Por decreto de 15 de setembro de 1887, decidiu-se construir um parque e batizá-lo com o nome do General Francisco Morazán. O projeto foi dado ao Eng. Juan de Yongh e foi inaugurado em 1890. Com o passar do tempo foram muitas as transformações realizadas no parque, em uma dela foi incluído um pequeno parque japonês (década de 1950). A reforma atual foi realizada em 1991 e tentou dar uma ambientação de princípios do século XX. No Parque Morazán estão as seguintes esculturas:

    33- Monumento ao Mestre Marcelino Garcia Flamenco (1888-1919)

    Nasceu em San Esteban, Departamento de San Vicente, El Salvador. Em 1915 se transladou a viver na Costa Rica, país no qual se distinguiu por seu trabalho docente como professor de escola. Diante dos abusos da ditadura de Federico Tinoco, pegou as armas e combateu ao lado dos revolucionários. Foi preso e fuzilado, em 19 de Julho de 1919, perto da Cruz, Guanacaste. Em sua memória, foi instalada em 1926 uma piscina de pedra batizada como “Fonte do Caminhante” que em sua parte superior possui um meio relevo em bronze. Uma obra do escultor Juan Ramón Bonilla.

    34- Monumento a Simón Bolívar (1783-1830)

    General, estadista venezuelano, proclamado libertador e herói sul-americano. A partir de 1813 começou a Revolução Independentista, que se caraterizou por ser longa e sangrenta. Consolidada a emancipação da Grande Colômbia (Venezuela,Colômbia e Equador), dirigiu a insurreição do Peru. Excelente orador e escritor advogou pela unidade latino-americana. A sua magnífica pluma devemos a Carta de Jamaica, na qual escreveu seu ideal político. Outro dos seus escritos foi o ensaio “Mi Delírio o Chimborazo”. A escultura em bronze foi inaugurada em 1921. É atribuída ao artista Tennerani. Outras réplicas deste monumento estão em Caracas, Venezuela; Bogotá, Colômbia e Hamburgo, Alemanha.

    35- Monumento a Bernardo O’Híggins (1776-1842)

    General e estadista, chileno. Lutou contra as tropas realistas espanholas e depois da derrota de Rancágua, passou à Argentina onde colaborou com o General San Martín na organização do exército libertador. Com a vitória militar de Maipú foi consolidada a independência do Chile. O busto em bronze é obra do escultor Luís Umana Ruiz, inaugurado em 1983.

    36- Monumento a Mauro Fernández Acuna (1843-1905)

    Intelectual e político costa-riquenho, formado de advogado em 1869. Foi vice-juiz e fiscal da Corte Suprema de Justiça e catedrático de Direito na Universidade de Santo Tomás. Também ocupou o cargo de Secretário de Estado em Fazenda, Comércio e Instrução Pública durante o governo de Bernardo Soto. Desde esse importante posto levou a cabo uma transcendental Reforma Educativa (1884), a qual implicou em uma mudança profunda do ensino primário e secundário. O busto em bronze é obra do escultor Juan Portuguez Fucigna. Foi fundido nas Oficinas da Ferroviária ao Pacífico e inaugurado em 19 de dezembro de 1943.

    37- Monumento a Julio Acosta Garcia (1872-1954)

    Ocupou diversos cargos públicos e posteriormente dirigiu o movimento revolucionário chamado de Sapoá (1919), contra a ditadura dos irmãos Tinoco. Eleito Presidente da Costa Rica (1920-1924). Durante sua gestão de governo foi criada o Departamento de Controle, hoje Contralodoria Geral da República e teve que enfrentar o conflito fronteiriço com Panamá, que deu lugar à Guerra de Coto. Foi declarado Benemérito da Pátria. A escultura em bronze é do artista italiano Leoni Tommasi, inaugurada em 1963.

    38- Monumento a Francisco Morazán (1792-1842)

    Patriota e estadista, nascido em Honduras. A figura mais esclarecida do ideal federalista centro-americano da primeira metade do século XIX. Lutou pela união dos países que conformaram a antiga Federação Centro-americana, tendo que enfrentar as perseguições e as ambições dos caudilhos locais. Em 1842, chegou a Costa Rica e apoiou o derrocamento de Bráulio Carrillo mas seu governo não conseguiu consolidar-se e em pouco tempo foi preso, sendo fuzilado em 15 de setembro de 1842 no Parque Central de San José. Em 1887, o governo decidiu criar o Parque Morazán, nas imediações da Fábrica de Licores e em 1993 foi instalada uma efigie sua em bronze, esculpida por Fernando Calvo.

    39- Monumento a Domingo Faustino Sarmento (1811-1888)

    Político, escritor e pedagogo argentino. Exerceu o jornalismo durante um tempo no Diário O Mercúrio do Chile. Em 1868 substituiu a Bartolomé Mitre na Presidência da República da Argentina. Entre seus escritos estão: Viagens, Lembranças de Província, Minha Defesa, Campanha no Exército Grande, Conflito e Harmonia das Raças na América. O busto em bronze é obra do escultor argentino Luigi Perlotti e foi colocado na década de 1950.

    40- Templo da Música

    Em 1920 a Comissão de Festejos de fim de ano decidiu edificar um quiosque em concreto armado no Parque Morazán. O desenho foi encarregado ao Arq. José Francisco (Chisco) Salazar e lhe foram dadas três semanas de tempo para sua construção, por isso trabalharam em jornadas diárias de 18 horas. O estilo do quiosque foi inspirado no Templo do Amor e da Música de Versalhes, França (daí seu nome). Foi inaugurado em 25 de dezembro desse ano, com motivo das festas cívicas de San José. Este monumento patrimonial por sua qualidade acústica é o lugar por excelência, para shows e cantorias.

    41- Residência Las Acácias

    Situada na Avenida 3, Rua 9.

    Esta moradia foi construída na primeira década do século XX e é de influência vitoriana. Os materiais empregados em sua edificação foram pedra, tijolo e finas madeiras. A coberta de estilo mansarda possui três sótãos e está coroada com uma cresteria metálica e outros elementos ornamentais. Na fachada principal destaca um lindo vitral colocado em uma ampla janela, ao estilo “bay window”, similar aos utilizados em San Francisco, Califórnia. A residência pertence a Salvador Gurdián Morais.

    42- Antiga Residência de Cecil Vernor Lindo (Bar Key Largo)

    Situada na Avenida 3, Rua 7.

    Esta moradia foi construída a finais do século XIX, pela família Herrán, sogros do ex-presidente Cleto González Víquez. Na década de 1920 a adquiriu o acaudalado comerciante Cecil Vernor Lindo, que também foi um alto funcionário da United Fruit Company. Anos depois, serviu como sede do Conservatório de Música da Universidade da Costa Rica. Já a meados da década de 1970 foi instalado aí o bar Key Largo. O imóvel foi estruturado dentro da corrente do estilo vitoriano. O térreo é de tijolo e o primeiro andar de pau-a-pique francês (malha metálica coberta de cimento). Pertence a Maximiliano Gurdián.

    43- Edifício da Família Anderson

    Situado na Rua 5, Avenida Central e 1.

    Construído a princípios do século XX, em tijolo, alicerce de pedra e paredes internas de pau-a-pique francês (malha metálica recoberta de cimento), hoje em dia se conserva basicamente a fachada e é ocupado pelo Restaurante Rosti Pollos.

    É um edifício de influência neoclássica, de dois andares, característico dos imóveis comerciais da época. Pertence à Família Anderson Sáenz. Seu valor patrimonial se complementa com o acompanhamento que proporciona o Teatro Variedades.

    44- Edifício Maroy S.A.

    Situado na Avenida 1 Rua 5.

    O imóvel de três níveis foi construído em 1923 em concreto armado, com um desenho do Arq. Gerardo Rovira. Seu proprietário foi o advogado e empresário Manuel Francisco Jiménez Ortiz. Através do tempo foram utilizados como moradia, comércio e escritórios. Na década de 1940 foi alugado pela Companhia de Ferrovia da Costa Rica. É representativo da corrente neoclássica. Entre seus elementos destacam: uma cúpula como remate do vestíbulo, balcões com trabalhos de ferro, colunas salientes com motivos florais e na cobertura sobressaem sótãos e monitores.

    45- Antiga Residência da Família Jiménez da Guardia

    Situada na Rua 5, Avenidas 1 e 3.

    Esta residência senhorial foi construída em sistema misto, a princípios do século XX. Foi construída dentro do movimento modernista do Art Noveau, segundo desenho do Arq. Francisco Tenca. Na fachada principal há diversos motivos ornamentais próprios deste estilo, entre eles: um meio relevo que recria a Adão e Eva no Paraíso; rostos femininos, parapeitos e ornamentos profusamente decoradas com elementos vegetais estilizados.

    46- Casa da Aliança Francesa

    Situada na Avenida 5, Rua 7.

    Em 1893, Amán Fasileau Duplantier vendeu a Manuel Sandoval Jiménez, comerciante alajuelense, o terreno para a construção da moradia. Dois anos depois, Sandoval edificou sua residência de dois andares, em tijolo, madeiras finas e com uma estrutura metálica importada da Bélgica. Esta foi uma das primeiras moradias edificadas em Bairro Amón. Em 1965, se converteu na sede da Aliança Franco Costa-riquenha.

    47- Antiga Residência de Ofélia Maria Coto Cubero.

    Situada na Avenida 9, Rua 5.

    Esta moradia foi edificada em 1924 por Aniceto Esquivel Carranza. O material empregado para sua construção foi a madeira de pinos em tábuas. Por suas características construtivas, tipologia e volume é um claro expoente das grandes residências da zona. Possui um alicerce de tijolo, uma distribuição simétrica e grandes janelas de guilhotina com desenhos romboidais de ornamentação.

    48- Antiga Residência Mariano Álvarez Melgar

    Situada na Avenida 9, Rua 3 bis

    Foi a moradia do Lic. Mariano Álvarez Melgar e foi construída em 1910, em tijolo. Álvarez Melgar se desempenhou como Cônsul da Espanha na Costa Rica. O imóvel apresenta em sua fachada uma ornamentação mudéjar (árabe), com profusas decorações nos parapeitos, ornamentos e marcos de portas e janelas. O acesso principal tem um corredor com arcos em forma de ferradura, sustentados em colunas geminadas e rematadas com madeira entrelaçada.

    49- Antiga Residência de Alejo Aguilar

    Situada na Avenida 9, Rua 3.

    Esta monumental residência foi construída na década de 1920, como moradia de Alejo Aguilar em seu ecletismo arquitetônico, combinam-se os elementos neocoloniais do torreão, arcos de meio ponto e coberta com telhas, com o clássico das suas janelas, parapeitos trabalhados em valiosas madeiras, balaustradas e o almofadados nos vértices das suas fachadas.

    50- Antiga Residência de Joaquim Tinoco Granados

    Situado na Avenida 9, Rua 3.

    A moradia foi construída no final do século XIX, em tijolo. Foi habitada pelo General Joaquim Tinoco, irmão do ditador Federico Tinoco, até sua morte. A edificação é de influência vitoriana e apresenta uma fachada simétrica, corredor com balaustrada de madeira, uma janela do tipo “Bay Windows” californiano e pátio. Na cobertura sobressai o telhado, ricamente trabalhado em madeira revestida e com detalhes de filigrana. Joaquim Tinoco como integrante de um governo de fato gerou muitos inimigos.

    51- Escritórios de FODESAF (Fundo de Desenvolvimento e Alocações Familiares)

    Situado na Avenida 11,Rua 3.

    A edificação foi construída em 1910, em tijolo, como residência de Cipriano Herrero do Peral, comerciante e dono da Loja “La Fama”. Foi desenhada pelo Arq. Jaime Carranza Aguilar, seguindo a influência neoclássica, com dois níveis, amplos corredores com balaústres e colunas geminadas. Com o tempo, a moradia passou a mãos das famílias Rohrmoser e Lahmann e finalmente adquiriu uma função comercial, primeiro como o Restaurante e Clube Le Chambort e o Hotel Britannia, atualmente tem os escritórios de FODESAF.

    52- Antiga Residência de Luís Ollé

    Situada na Avenida 11, Rua 3.

    A moradia foi construída em 1923 pelo rico comerciante Luís Ollé, fundador de um armazém do mesmo nome. Tem uma ambientação neoclássica e sua distribuição é simétrica. Como elementos arquitetônicos encontramos: almofadados em suas fachadas, pórtico de entrada rodeado por colunas dóricas, escada dupla para o acesso principal com balaústre e jardim.

    53- Castelo do Moro

    Situado na Avenida 13, Rua 3.

    Este imóvel é o mais enigmático e o único deste original estilo, no Bairro Amón. Foi construído a meados da década de 1920 como residência do comerciante espanhol Anastácio Herrero do Peral. O desenho é uma concepção arquitetônica mourisca do Arq. Gerardo Rovira. Com grande profusão de detalhes construtivos e ornamentais, entre os quais destacam: o torreão e a cúpula laminada em lamelas de combinação de cobre, vários telhados a diferentes níveis e provistas de muralhas, janelas tipo ogival com cristais coloridos, pátio interno com fonte, muralhas externas e uma grande profusão de elementos decorativos tanto nos panos de suas fachadas como nas paredes e forros internos. Na segunda metade do século XX foi adquirida pelo Arcebispo Carlos Humberto Rodríguez Quirós, que a habitou por muitos anos. Na atualidade funciona como um restaurante.

    54- Museu de Los Niños (Infantil)

    Localizado na Rua 4, Av. 9.

    Centro Costa-riquenho de Ciência e Cultura: “Fundação ajude-nos para ajudar”. O visitante se encontra com um edifício de arquitetura impressionante de princípios do século XX, e antigamente funcionava como a Penitenciária Central. Foi inaugurado em 1994 e é popularmente conhecido como Museu de los Niños. É o primeiro museu interativo da América Central. Os temas que são expostos aí estão relacionados com ciências, história, tecnologia e artes. É possível visitar a Galeria Nacional de Arte que está localizada ao lado do Museu, bem como o Complexo Juvenil do Conhecimento, além de desfrutar de uma variedade de atividades oferecidas no Auditório Nacional.

    Horário: Terças a Sextas das 8:00hs às 16:30hs
    Sábados e domingos de 9:30hs às 17:00hs
    Tel: (506) 2258-4929. Web: www.museucr.com

  • Passeio Colón e La Sabana
    Passeio Colón e La Sabana

    Na década de 1940 começou a urbanização da zona do Passeio Colón, mediante a transformação dos antigos cafezais em zonas residenciais, ao mesmo tempo que era inaugurado o Aeroporto Internacional da Sabana. A principal causa que propiciou a eliminação dos cafezais e a expansão urbana ao setor teve que ver com a crise do preço internacional do café a raiz da segunda Guerra Mundial com o fechamento do nosso mercado tradicional na Alemanha. A situação determinou que os cafeeiros donos dessas propriedades decidissem extinguir os plantios no setor oeste da cidade, dando passo a robustecer e lotear os terrenos, aproveitando os lucrativos preços que alcançavam as terras próximas ao aeroporto. Este processo permitiu o surgimento dos elegantes bairros residenciais de San Francisco, San Bosco e Pitahaya. Setores residenciais que ficariam delimitados ao oeste pela Rua 42, ao Sul pela avenida 10, ao leste pela Rua 20 e ao norte pela avenida 3.

    O Passeio Colón na década de 1950 tinha uma avenida asfaltada e iluminada com faróis, os trilhos da transvia tinham sido retirados de acordo com as investigações levadas a cabo por Jacobo Schifter e Lowell Gudmundson, durante o período que vai de 1951 a 1955 a zona do Passeio Colón (sobretudo os Bairros Pitahaya e San Bosco) começaram a receber um importante contingente de famílias de origem judia. No lugar, além de moradias, construíram o Centro Israelita e a Sinagoga. Este fato obedeceu fundamentalmente às migrações de judeus que partiram da Europa depois da Segunda Guerra Mundial em busca de países em regiões mais pacíficas.

    Também foi estabelecido no setor Sul do Passeio Colón um grupo respeitável de cidadãos de origem libanês que durante muitos anos conviveram com judeus e os costa-riquenhos assentados no lugar. A arquitetura presente na zona do Passeio Colón é representativa de setores médios e altos da sociedade, considerando que a zona surgiu com uma clara vocação habitacional, mas na atualidade o processo de expansão da área teve que se apropriar paulatinamente boa parte da zona, com o conseguinte processo de demolição indiscriminada que dito fenômeno ocasiona.

    1- Antigo Instituto Nacional de Seguros

    Situado nas Avenidas O e 2 Rua 10.

    Em 1924 durante o governo de Ricardo Jiménez Oreamuno (1924-1 928) foi criado o Instituto Nacional de Seguros, como um banco assegurador. Em 1932 se decidiu construir, a um lado da Igreja da Mercedes, um edifício para o Quartel de Bombeiros de San José. Deve lembrar-se que desde essa época o Corpo de Bombeiros da Costa Rica está subordinado ao Instituto Nacional de Seguros. A edificação de quatro andares foi construída em concreto armado sob o influxo do estilo Art. Decó e com um desenho do Arq. Fernando Gabriele. Em 1943 como uma prolongação do quartel, mas do lado Norte, foi levantado um novo edifício para os escritórios da entidade seguradora em concreto armado e com estilo Art. Decó. Seu desenho correspondeu ao Arq. José Maria Barrantes Monge. Em ambos imóveis se nota uma marcada utilização da simetria nas fachadas, enquanto que em sua composição volumétrica se enfatiza na linha vertical. Nos dois imóveis se observam as esquinas redondeadas por volumes semicilíndricos. Em 1976 a instituição asseguradora transladou seus escritórios ao Distrito El Carmem e converteu sua antiga sede na Sucursal Mercedes. Foi declarado patrimônio histórico arquitetônico em 30 de Novembro de 2004.

    2- Igreja La Merced

    Situada nas Avenidas 2 e 4, 10 e 12.

    Em 1815 o padre Encarnação Fernández obteve a licença para construir uma capela de adobe no lugar onde hoje está localizado o Banco Central. Em 1822 um movimento sísmico a danificou e o terremoto de 1841 obrigou a demoli-la. Em 1848 foi reconstruída em tijolo, mas um novo terremoto em 1888 a deixou em ruinas. Através de uma negociação com o governo foi decidido construir a nova igreja na frente da praça do hospital (hoje Parque Bráulio Carrillo). Em 1894, em tempos do padre Santiago Zúniga, deu início a construção. O desenho com influência do neogótico esteve a cargo do Eng. Lesmes Jiménez Bonnefil e do Arq. Jaime Carranza Aguilar. Em 1907 foi terminada de construir e conta com armadura metálica de aço, paredes de tijolo e alicerce de pedra. Possui uma única torre de janelas ogivais, rosáceas, contrafortes e três naves. Em 1920 o italiano Adriano Arié pintou as colunas internas. A nave central tem quinze metros de altura, a base das paredes internas contam com um revestimento de mármore e os pisos são de mosaico da fábrica de Dona Adela Jiménez. Chama a atenção em seu interior o Cristo Agonizante elaborado por Manuel Zúniga e os vitrais. O acesso externo é obtido por uma escadaria flanqueada por uma balaustrada, ambas construídas em pedra. Em 12 de setembro de 1969 foi consagrada pelo Arcebispo Carlos Humberto Rodríguez Quirós. Em 2002 iniciou um longo processo de restauração. Em 2010 foram instalados nos seus jardins uma escultura de 3.5 metros de altura, em aglomerado pétreo dedicado ao Cristo do Caminho e realizada pela artista de origem argentina Josefina Genovese. Foi declarada patrimônio histórico arquitetônico em 11 de junho de 1996.

    Tel. 2248-0065 www.tesorosdelamerced.com

    3- Parque Bráulio Carrillo

    Situado nas Avenidas 2 e 4 Ruas 12 e 14.

    Na primeira metade do século XIX no lugar onde hoje está localizada a Igreja da Merced havia uma praça para festas e, ao lado oeste (onde hoje se situa o Parque Bráulio Carrillo), havia uma enorme casona. Em 1820 este imóvel foi edificado em adobe e pau-a-pique. Era conhecida como o Mesón de Mora e a ocupavam famílias muito pobres. Para 1851 a zona era reconhecida como o limite para o oeste da cidade. Aos finais do século XIX o setor tinha se convertido em um lugar perigoso, por causa da delinquência e a casarão se transformou em um cortiço. Em 1902 o Secretário da Fazenda Cleto González Víquez decidiu demolir a edificação para consolidar uma praça pública e com isso sanear e melhorar o ângulo de visão da Igreja da Merced em construção e do Hospital San Juan de Dios. O Congresso da República decidiu transformá-lo em um parque e batizá-lo com o nome de Bráulio Carrillo. Para 1908 estava arborizado e seu perímetro contava com um muro de 1.50 metros de altura em tijolo.

    4- Estátua do Licenciado Bráulio Carrillo Colina (1800-1845)

    Situado na Avenida 2, Ruas 12 e 14.

    Bráulio Carrillo (1800-1845) nasceu na Chinchilla de San Rafael de Oreamuno de Cartago. Estudou na Universidade de León e se formou como advogado. Em nosso país foi Presidente da Corte de Justiça e deputado no Congresso Federal Centro-americano. Foi Chefe de Estado da Costa Rica nos períodos 1835- 1837 e 1838-1842. Entre as conquistas mais destacados de sua gestão estão: o fomento ao cultivo do café, a abolição da Lei da Ambulância e o estabelecimento definitivo da capital em San José (1835), promoveu a construção de caminhos e pontes, impulsionou o empedrado das principais ruas de San José, em 15 de novembro de 1838 separou definitivamente a Costa Rica da Federação Centro-americana, em 1841 promulgou os códigos Civil, Penal e de Procedimentos. Em 1841 foi derrotado por Francisco Morazán e obrigado a exilar-se em El Salvador, onde foi assassinado em 1845. Foi considerado como o “Arquiteto do Estado Costa-riquenho”. Em 1971 lhe foi outorgado o título de Benemérito da Pátria. Uma estátua em bronze de 1.60 metros de altura foi elaborada por Abílio Valverde e inaugurada aos inícios da década de 1990 no Parque Bráulio Carrillo, localizado em frente à Igreja de La Merced.

    5- Hospital San Juan de Dios

    Situado na Avenida O Rua 14.

    Em 1845 foi emitida uma lei que sugeria a urgência de criar uma casa para o tratamento de doentes. O surgimento do Hospital San Juan de Dios, veio suprir a necessidade prioritária em matéria de saúde, sobretudo para os setores populares da população.

    O primeiro edifício foi inaugurado em 1852; porém, a construção dos pavilhões continuou até 1855. Os materiais empregados foram basicamente o adobe e pau-a-pique, o que faz supor um estilo arquitetônico colonial que incluía alguns pátios internos. Por mais de um século a regência e cuidado do hospital esteve a cargo das Irmãs da Caridade, ordem religiosa que também chegou a dirigir distintos hospitais de igual denominação em outros países da América Latina. Em 1895 houve um processo de ampliação e construção de novos pavilhões com alguns elementos do neogótico: na ornamentação da fachada, janelas ogivais e pequenos círculos em forma de rosáceas que coroavam as janelas do segundo andar. Então o hospital contava com um extenso edifício de dois andares em “L” e de tijolo. Na década de 1920 a edificação foi reformada e suas fachadas foram variadas totalmente, adquirindo o desenho sóbrio que tem na atualidade. Hoje em dia o complexo hospitalário é o resultado de uma série de mudanças através do tempo e que podem ser distinguidos alguns elementos do neoclássico e do Art. Decó implementados por profissionais da arquitetura tão afamados como León Tessier, Augusto Fla-Chebba e José Maria Barrantes Monge. Em 1934 foi erigido em Art. Decó a Pensão Echandi e a consulta externa, desenhados pelo Arq. José Francisco Salazar. Foi declarado patrimônio histórico arquitetônico em 25 de outubro de 1994.

    6- Antiga Capela Chapuí

    Situada na Avenida 0, Ruas 16 e 20.

    Em 1883 se decidiu construir um edifício para tratar os doentes mentais que seria conhecido como Hospital Nacional de Loucos ou Asilo Chapuí. Entre 1886 e 1890 foram construídos os pavilhões e a capela. Contava com um desenho simétrico a partir da capela. Os pavilhões de influência neoclássica foram desenhados pelo Eng. Jaime Carranza, enquanto que na capela de influência neogótica, interviram o Eng. Bertoglio e o Sr. Manuel Quirós. O hospital contava com amplos jardins e foi inaugurado pelo Presidente Carlos Durán Cartin (1889-1890).

    7- Casa Família Pozuelo Azuola

    Situada na Avenida 0 ,Ruas 20 e 22.

    A moradia foi construída em 1941, em concreto armado e tijolo, pela família de Alejandro Pozuelo Apestegui e Flora Azuola Salazar. Foi desenhada no estilo neocolonial pelo Arq. José Maria Barrantes Monge. Nas décadas de 1930 e 1940 este tipo de moradia, com respeito aos materiais e estilo arquitetônico, foi muito apreciado pela classe alta que foi morar no Passeio Colón. Em este período também se incentivou o povoamento deste setor da cidade. A moradia possui paredes brancas, teto de telha, alpendre em arco, detalhes em madeira e amplos jardins. Os pisos com decorações geométricas são da Fábrica de Dona Adela de Jiménez. Possui um pátio central ornamentado com mosaicos trazidos do México. A moradia pertence hoje em dia aos irmãos José Miguel, Fernando Alejandro Pozuelo Azuola. Na década de 1970 a fachada sofreu algumas modificações como a ampliação aos lados e a construção de um banheiro no segundo andar. Também foram colocadas grades de proteção no muro do jardim externo.

    8- Casa Família Pozuelo Pages

    Situada na Avenida 0, Ruas 22.

    A residência foi construída em 1946 para a família de José Pozuelo Apestegui e Flora Pagés Estrada. O pai de José Pozuelo foi Felipe Pozuelo Rivera, um emigrante espanhol que abriu no nosso país a Fábrica de Bolachas Pozuelo. Foi desenhada pelo Arq. Daniel Domínguez e edificada em tijolo. A moradia conta com amplos jardins externos nos quais estava uma enorme árvore de “ahuehuete” (família dos sauces) trazida da Guatemala e plantada no momento da construção. Até 1989 foi habitada por Maria Elena Pozuelo Pagés e a partir dessa data deixou de ser residência familiar para ser alugada com fins comerciais. Durante um tempo foi a sede da Embaixada da República Federativa do Brasil e depois foi sede do Partido Unidade Social Cristã e da Academia Europeia de Idiomas.

    9- Escola Juan Rafael Mora Porras

    Situada nas Avenidas 1 e 3, Ruas 22 e 24.

    Em 1914 a Escola Juan Rafael Mora começou suas atividades no antigo Quartel Principal (espaço que ocupa atualmente o Teatro Melico Salazar). Em 1924 um forte sismo danificou a estrutura irreparavelmente. Em 1928 se optou por construir um novo edifício, para abrigar o centro educativo em um terreno localizado no Passeio Colón e que pertencia à Junta de Educação da cidade de San José. Em 1934 foi inaugurado durante a administração de Ricardo Jimenez Oreamuno (1932-1936) segundo desenho do Arq. José Maria Barrantes, com supervisão da obra do Eng. Lucas Fernández e o processo construtivo a cargo da empresa de Enrique Cappella. O imóvel em concreto armado conta com um estilo neoclássico, uma ornamentação eclética, dezoito classes e dois pátios centrais. No momento em que abriu suas portas a nova escola, seu entorno estava constituído por potreiros, que se estendiam até as imediações do Bairro México. Na década de 1950 funcionavam simultaneamente no edifício a Escola República do Brasil para meninas e a Juan Rafael Mora para meninos. Em 1975 foram unificadas e ficou somente a segunda.

    10- Culinary Trainer School

    Situado na Avenida 2, Ruas , 26 e 28.

    Em 1941 a moradia de estilo neocolonial foi desenhada e construída pelo Arq. José Maria Barrantes Monge, para ser utilizada pela família de Manuel Emilio Clare. O estilo neocolonial se difundiu muito durante esta época nos bairros de classe alta da capital a saber: Passeio Colón, Escalante e González Lahman. Em 1951 foi adquirida pela família de Oscar Herrera Mata e Hortensia Sotillo Jiménez, mas ao morrer sua esposa, contraiu novas nupcias com Hermelinda Rojas Gamboa. A moradia é de tijolo e possui madeira de Cristobal na sala de jantar e nos aposentos. Em 1965 foram realizadas no imóvel algumas modificações e uma ampliação no segundo andar. No ano 2010 foi adquirida por Carolina Coronado para estabelecer nela uma escola de cozinha.

    11- Hostel Aldea

    Situado na Avenida 2, Rua 28.

    Em 1938 a família de Humberto Barahona Briones e Lia Strever Munoz construíram a casa. A moradia de influência vitoriana foi edificada inteiramente em madeira pelo construtor Nicolás Montero em 1939 o governo de Leon Cortés (1936-1940) expulsou do país a Humberto Barahona, de origem nicaraguense por se opor à visita do ditador Anastasio Somoza Garcia. Sua família ficou no país e por motivos econômicos perdeu a moradia tendo que emigrar para o México. Em 1946 a moradia foi adquirida pela família de Julio César Ovares e Maria Salazar Alvarado. Naquele momento Ovares era médico do Hospital São Juan de Dios e por este motivo estabeleceu um consultório médico, em parte da moradia. A casa foi herdada a sua filha Marta Ovares Salazar e a seu esposo Fernando Guzmán Mata (foi vice-presidente da República de 1974-1978). Finalmente teve diversos usos comerciais; entre eles escritórios do movimento Cooperativo e por quase vinte anos o Hostal Petit Vitoria. Na atualidade funciona o hostel.

    12- Casa Familia Jiménez Montealegre

    Situada na Avenida 0, Rua 28.

    A moradia foi construída entre 1952 e 1953 pela família conformada por Adolfo Jiménez da Guardia e Luz Montealegre Gutiérrez. Foi desenhada em concreto armado pelo Eng. Federico Jiménez Montealegre. Em 1994 é herdada a Ileana Jiménez Montealegre. Em 2006 a casa foi alugada aos escritórios da UNESCO no nosso país. A residência foi construída com excelentes materiais e, além disso, sobressaem internamente os acabamentos de suas finas madeiras, nos forros são apreciadas vigas de madeira e as molduras artisticamente policromadas. As portas de entrada são duplas, talhadas a mão e estão emolduradas em um portal de granito. Destaca-se no vestíbulo e nas escadarias os trabalhos elaborados por Louis Ferón em forragem de ferro. Ferón foi um hábil ourives francês que chegou a Costa Rica na metade da década de 1930. Em 1939 teve a seu cargo o desenho e execução do mural em estuco e gesso que cobre as paredes do Salão Dourado do antigo Aeroporto Internacional da Sabana hoje Museu de Arte Costa-riquenha.

    13- Casas Valores Comerciais S.A.

    Situada na Avenida 0, Rua 26.

    No início do século XX chegou à Costa Rica David Stewart (conhecido como George Wilson), que era nativo de Nova Zelândia. No nosso país contraiu matrimônio com Orfilia Bonilla originária de Alajuela. A família deve ter construído a moradia em madeira durante a década de 1920, em um momento em que a Calle de La Sábana (logo Passeio Colón) começava a povoar-se de luxuosas residências. Com o tempo a moradia passou às mãos do seu filho Donaldo Stewart Bonilla e sua esposa Rosa Clachar. Patrícia Stewart Cachar foi a última dona da casa por parte desta família. Ao vendê-la teve um uso comercial muito variado. Foi sede de banco, de cooperativas e finalmente VALCO.

    14- Hotel Rosa do Passeio

    Situada na Avenida 0, Ruas 28 e 30.

    Em 1910 foi construída a residência em pau a pique francês, com um estilo de influência vitoriana e desenho do Arq. Luís Llach Llagostera de origem catalã (Espanha). A moradia que pertenceu a Cecília Montealegre é representativa da arquitetura que a classe alta edificou no Passeio Colón durante a primeira metade do século XX. Possui uma profusa ornamentação nos marcos das portas e janelas que possui vista para o corredor externo, no melhor estilo Art. Noveau. Conta com uma cobertura de teto bastante pronunciada na qual sobressai um sótão. As janelas são do tipo Bay Window californiano. Em 1992 a casa foi adquirida pela família constituída por Fernando do Risco Zaldívar e Pala Gallegos, ambos de origem peruana. Em 1993 submeteram o imóvel a um processo de restauração e ampliação com a finalidade de convertê-la no Hotel Rosa do Passeio.

    15- Cacique Garabito

    Situado na Avenida 4 Rua 36.

    Em 1524 os espanhóis fundaram a Vila de Bruxelas nas imediações do Golfo de Nicoya. Teve uma efêmera existência por causa das sublevações dos indígenas dos pés da Serra de Tilarán. Um dos caciques que pôs maior resistência foi Garabito, que dominou um vasto território que ia desde o Vale de Guarco, em Cartago até o Golfo de Nicoya e parte das Planícies do Norte. Indomado guerreiro que aos conquistadores lhes deu muito trabalho submeter. O nome com o qual é conhecido vem do capitão espanhol Andrés de Garabito. Um busto em pedra artificial de 90 centímetros de altura foi elaborado pelo artista Oscar Bákit e inaugurado em 1970.

    16- Casa Capris Médica

    Situada na Avenida 2 , Rua 40.

    A moradia foi construída para Antônio Escarré em 1942 como casa de Cruxen. Foi desenhada no estilo Neocolonial pelo Arq. José Maria Barrantes Monge. Este profissional utilizou muito o estilo neocolonial para desenhar moradias nos bairros de classe alta da capital. Escarré foi o primeiro Diretor Geral de Esportes de 1953 a 1964 e seu nome foi outorgado ao Estádio de Beisebol que está localizado no bairro San Caetano. Com o tempo a casa passou às mãos da família Pérez Soto que abriu aí o Restaurante a Masia. Em 1994 foi comprada por Capris Médica e um ano depois o Arq. Carlos Ossenbach Sauter a submeteu a um processo de remodelação e restauração que implicou na recuperação dos finos trabalhos das portas de caoba talhadas a mão, dos balcões, escadarias e da grade de ferro forjado.

    17- Ginásio Nacional

    Situado na Avenida 10, Rua 42.

    Desde as primeiras décadas do século XX o basquete começou a ser praticado no nosso país, quando surgiram uma série de improvisados ginásios. Entre eles o Frontón Jai a Lai, localizado ao lado sul da atual Praça das Garantias Sociais e o Mendoza, localizado ao sul da Clínica Bíblica, nas imediações da atual Fábrica Nacional de Troféus. No final da década de 1950 decidiu-se construir um Ginásio Nacional no extremo sudeste da Sábana. Em 19 de fevereiro no âmbito do VII Campeonato Centro-americano e do Caribe de Basquete foi inaugurado o Ginásio Nacional pelo Presidente da República Mário Echandi Jiménez (1958-1962), com a presença do Diretor Geral de Esportes, Antônio Escarré, das delegações esportivas participantes e do público que veio para presenciar o evento. O ginásio exibe um desenho elipsoidal construído com blocos de concreto e recoberto por lâminas metálicas. Conta com uma capacidade para 4.000 pessoas. Apesar de que a vocação do Ginásio Nacional é eminentemente para a prática de eventos esportivos de variado gênero também abrigou através de sua história a realização de importantes acontecimentos religiosos políticos e culturais.

    18- Museu de Arte Costa-riquenha

    Situado na Rua 42

    Possui perto de 6.400 obras plásticas, em sua maioria de artistas nacionais, desde o século XIX até a atualidade. Além das exposições, estimula o pensamento crítico em torno à plástica nacional dentro do contexto internacional. Os espaços de exibições estão localizados no edifício do antigo Aeroporto Internacional construído em 1940. Conta com espaços como o “Jardim de Esculturas” e “O Salão Dourado” onde são realizadas atividades culturais e são mostrados segmentos da história do país em um mural em baixo relevo. O MAC completa suas atividades mediante um programa didático aberto ao público em geral.

    Horário: Terças a Sextas de 9:00hs às 17:00hs, Sábados e Domingos de 10:00hs às 16:00hs.
    Tel.: (506) 2222-7155 Web: www.musarco.go.cr

    19- Monumento ao Lic. León Cortés Castro.

    Situado na Avenida 0, Rua 42.

    León Cortés Castro (1882-1946), advogado de profissão, começou uma meteórica carreira política que o levou a ocupar em Alajuela, sua cidade natal, os postos de Regente Municipal, Presidente Municipal Governador e Comandante de Praça. Também se desempenhou como deputado em várias ocasiões, Secretário de Estado e Presidente da República (1936- 1940). Seu governo está marcado por uma extensa obra pública que permitiu dotar de diversas e importantes edificações escolares e palácios municipais a uma grande quantidade de comunidades ao longo do país. Uma escultura em bronze de 1.15 metros de altura foi elaborada pelo artista Leoni Tommasi e inaugurada em 1952.

    20- Parque Metropolitano La Sabana

    Situado nas Avenidas 3 e 10, Rua 42.

    O terreno onde hoje em dia funciona o parque é parte do legado, que por testamento doou em 1783 o Presbítero Chapuí de Torres a todo aquele que quisesse vir viver em torno ao recém-nascido povoado de San José. Em 1830, nosso primeiro Chefe de Estado Juan Mora Fernández (1824-1833) e o agrupamento josefino, decidiram por sua preservação a toda custa e legislaram para esse fim. Para esse momento não existia na Costa Rica o conceito de “parque”, mas a grama começou a crescer e a nascer algumas árvores. Por isso, os viajantes estrangeiros que visitaram o país em meados do século XIX o conceberam como uma formosa pradaria bem cuidada, que se assemelha aos parques europeus. No limiar do século XX aí começaram a praticar futebol, beisebol ou polo e foi instalado um hipódromo em 1915, em uma fração ao sul do espaço surgiu o Bosque das Crianças, com um lago. Na década de 1930 o desenvolvimento como parque recreativo e esportivo se viu ameaçado com a vinda da aviação e a inauguração em 1940 do Aeroporto Internacional da Sabana. Porém, depois de mil batalhas foi feita sua recuperação e em 1976 começou sua transformação definitiva a parque, graças ao governo e empenho do então Ministro de Cultura, Juventude e Deportes, Guido Sáenz González. O desenho do parque de 68 hectares correspondeu ao arquiteto paisagista José Antônio Quesada Garcia. A proposta estabelecia extensas zonas para a prática esportiva, um lago e amplas áreas verdes e reflorestadas. Foi declarado Patrimônio Histórico Arquitetônico em 23 de fevereiro de 2001

    21- Museus Histórico e Tecnológico do ICE

    Localizado a 400 quadras ao norte do edifício central do ICE Sábana.

    O Museu Histórico e Tecnológico do Grupo ICE tem como missão dar a conhecer a história e evolução dos serviços de eletricidade e telecomunicações, destacando a contribuição do Grupo ICE no desenvolvimento tecnológico e socioeconômico do país.

    Tels.: (506) 2220-7656 / 2220-6387
    Fax: 2290-4896 Web: www.grupoice.com
    Horário: De Segundas a Sextas. De 8:00 hs às 16:00hs

    22- Museu de Ciências Naturais La Salle

    Está localizado dentro das instalações do Ministério de Agricultura e Pecuária, em Sábana Sur.

    O Museu de Ciências Naturais La Salle possui numerosas amostras de grande valor histórico e científico. Conta com mais de 70.000 amostras em exibição, com seções de Paleontologia, Geologia, Malacologia (uns 14.000 exemplares), Invertebrados (interessante coleções de borboletas de 8.400 exemplares), peixes e répteis, aves e mamíferos. Fazer um percurso por este museu é uma experiência que vale a pena desfrutar.

    Horário: Segundas a Sábado de 8:00 às 16:00
    Domingo: De 9:00 às 17:00
    Tel.: 2232-1306

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